Morte de Niemeyer estampa jornais do mundo inteiro
Entre as homenagens recebidas, destacam-se a do jornal espanhol "El País", que chamou o arquiteto de "poeta da curva" e "o último sobrevivente dos grandes mestres do século 20"; e a do britânico "Guardian", que afirma que sua exploração das formas livres foi maior até que a de seu mestre, o suíço Le Corbusier

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247 – Aos 104 anos, o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer deixou sua marca em mais de 600 obras pelo mundo. No dia de sua morte, sua vida, luta e genialidade foram lembradas pelos principais jornais internacionais. Veja a repercussão:
O francês "Le Monde" descreve Oscar Niemeyer como um dos pais da arquitetura moderna, que construiu, entre tantas grandes obras, a sede do Partido Comunista francês, na place du Colonel Fabien, em Paris.
O "Le Figaro" ressalta que o arquiteto brasileiro revolucionou a arquitetura moderna e em 70 anos de carreira, participou de mais de 600 obras pelo mundo.
O também francês "L'Humanité", cuja antiga sede em Paris foi construída por Oscar Niemeyer na década de 1980, disse que o arquiteto teve um papel fundamental "na construção das bases estéticas século 20".
O obituário do "New York Times" afirma que Niemeyer capturou a atenção de gerações de arquitetos. 'Suas formas curváceas, líricas, hedonistas ajudaram a dar forma a uma arquitetura nacional distinta e a uma moderna identidade para o Brasil, que quebrou com seu passado colonial e barroco', diz o texto.
O "Financial Times" afirma que o uso do concreto armado por Niemeyer 'frequentemente beirava o futurístico' e que seus prédios muitas vezes pareciam esculturas. Apesar de ele ter ganho renome por seus projetos para Brasília, suas ideias mais tarde foram transformadas em estruturas ao redor do mundo, diz o texto.
O obituário de Niemeyer no jornal britânico "Guardian" afirma que sua exploração das formas livres foi maior até que a de seu mestre, o suíço Le Corbusier.
O jornal italiano "Corriere della Sera" classificou Niemeyer como 'mestre do século XX', 'grande arquiteto brasileiro' e 'pai de Brasília'.
O obituário do jornal americano "Washington Post" afirma que o projeto de Brasília, nos anos 1950, 'alçou-o à atenção internacional e o definiu como uma das mentes criativas mais distintas de sua profissão'.
O jornal argentino "Clarín" afirma que Niemeyer foi 'um homem que sempre se deixou levar por suas ideias e suas convicções, um criador que havia tempo já tinha assegurado seu lugar no mítico panteão dos maiores arquitetos da história da humanidade.
O espanhol "El Mundo" classificou Niemeyer como 'último símbolo do século XX' e qualificou de admirável o fato de ele seguir trabalhando quase até o fim da vida.
O jornal espanhol "El País" chama Niemeyer de 'o poeta da curva'; o texto cita a confessa influência que a paisagem do Rio de Janeiro teve sobre o arquiteto.
O "Wall Street Journal" afirmou que Niemeyer foi 'um dos mais importantes arquitetos do século XX', 'misturando modernismo com a sensibilidade tropical de seu Brasil nativo'.
A BBC diz que Niemeyer projetou alguns dos mais belos prédios modernistas do século XX. A rede britânica lembrou de seu trabalho com o suíço Le Corbusier no prédio da sede da ONU, em Nova York, e ressaltou o fato de o brasileiro ter permanecido fiel aos ideais do comunismo mesmo após a queda do Muro de Berlim.
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