"Moro usou o cargo de ministro da Justiça para perseguir Tacla Duran e sabe que pode ser preso", diz Joaquim de Carvalho

Moro tenta manobras juidiciais para escolher o juiz que irá julgá-lo, diz o jornalista: "ele sabe que se houver uma investigação para valer ele vai para a cadeia"

Joaquim de Carvalho, Sérgio Moro e Rodrigo Tacla Duran
Joaquim de Carvalho, Sérgio Moro e Rodrigo Tacla Duran (Foto: Brasil247 | ABR | Reprodução)


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247 - "Técnica" e "importante": assim resumiu o jornalista Joaquim de Carvalho a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski de manter na Corte o caso das denúncias do advogado Tacla Duran contra o ex-juiz parcial e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador da Lava Jato e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

Duran acusa a dupla de praticar extorsão durante a Lava Jato. Eles teriam pedido propina ao advogado em troca de sua liberdade. Em depoimento ao juiz federal Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em 27 de março, Duran afirmou ter depositado US$ 613 mil a um advogado ligado a Rosangela Moro, esposa de Sergio Moro, em 2016. O objetivo do pagamento seria conseguir uma delação de Tacla Duran e que teria conhecimento do então procurador Deltan Dallagnol. Ao não continuar com os pagamentos, Duran teria sido alvo de prisão decretada por Moro.

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>>> Lewandowski mantém caso Tacla Duran no STF e pede à PGR manifestação sobre eventual inquérito

Ao pedir que o caso saia do STF e também não volte para a 13ª Vara de Curitiba, Moro "quer escolher o juiz" que o julgará - a defesa de Moro alega que Appio é suspeito para julgá-lo. “O Moro quer tirar o caso do STF e quer tirar o juiz [Eduardo] Appio. O Moro quer escolher o juiz porque sabe o que fez, sabe que pode ser complicado. Ele sabe que se houver uma investigação para valer ele vai para a cadeia. Então ele quis escolher um foro”, disse Carvalho na TV 247.

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Lewandowski, no entanto, ouvindo parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), decidiu manter o caso no STF, por entender que Moro se manteve praticando o 'suposto' crime contra Duran enquanto ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL). “A partir da manifestação da PGR, o procurador está dizendo: ‘olha, fica no STF’. E por quê? O Moro fala ‘não é o STF porque eu não era senador [à época do caso]’. Se fosse ele na condição de juiz, seria no TRF-4. Só que os supostos crimes - e é isso que o Lewandowski fala - atribuídos ao Sergio Moro se prolongaram no tempo. Isso que é importante da decisão dele. O Moro, como ministro da Justiça, atuou para prejudicar o Tacla Duran, porque o Ministério da Justiça segurou documentos, não informou a defesa do Tacla Duran sobre procedimentos que tinham sido tomados, prejudicando a defesa. Portanto, continuava a usar o poder dele para perseguir o Tacla Duran. O que diz o Lewandowski, tecnicamente? Como há indícios de que ele cometeu os supostos crimes no Ministério da Justiça, quando era ministro, e depois como senador, o caso fica aqui [no STF]. E o Deltan Dallagnol fica por conexão”.

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