Mônica Bergamo: Moro “virou ministro de Bolsonaro por acaso? Será?”
A jornalista Mônica Bergamo apresentou no fim da noite desta terça, depois da decisão do STF que devolveu a Lula as garantias fundamentais que lhe foram negadas desde 2016, duas perguntas fundamentais para o futuro político do país. Leia
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247 - A jornalista Mônica Bergamo, uma das mais respeitadas do país, lançou, no fim da noite desta terça-feira (4), depois do julgamento do STF com a dupla vitória da defesa de Lula, as duas perguntas que interrogam o país e seu sistema político-jurídico: “Moro era parcial, trabalhava contra o PT A FAVOR DE BOLSONARO na eleição de 2018? Será?? Ou virou ministro de Bolsonaro por acaso? Será?”.Nesta terça, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal restabeleceu as garantias fundamentais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lhes eram negadas desde 2016 (leia artigo de Aquiles Lins sobre o tema). Resumiu assim o editor do 247:
“Nesta terça, a 2ª Turma do STF autorizou Lula a ter acesso a todos os documentos usados no acordo de leniência fechado pela Odebrecht com o Ministério Público Federal. A medida vale para documentos dos Estados Unidos e da Suíça e permitirá finalmente à defesa do ex-presidente acessar os sistemas de contabilidade Drousys e MyWebDay, utilizados pela Odebrecht e que apenas os procuradores do MPF tinham acesso.
A decisão, confirmada pelos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, com voto contrário de Edson Fachin, corrige uma aberração jurídica. Com base nestes sistemas, a Lava Jato acusou Lula de ter recebido R$ 12 milhões em propina da Odebrecht para um terreno que seria a sede do Instituto Lula.
O ex-presidente, entretanto, não podia acessar os sistemas para se defender. Sua defesa argumentou que os procuradores de Curitiba não usaram os arquivos originais, mas uma cópia cedida pela própria Odebrecht, que pode ter adulterado os dados para sustentar sua acusação (sob medida) contra Lula.
Moro usou delação de Palocci para agir politicamente
Na segunda decisão favorável ao ex-presidente Lula na 2ª Turma, os ministros Gilmar e Lewandowski, com o voto contrário de Fachin, decidiram que a delação do ex-ministro Antonio Palocci não pode ser utilizada nesta ação em que Lula é acusado de supostamente receber R$ 12 milhões da Odebrecht.
É bom lembrar que a delação premiada de Antonio Palocci foi firmada com a Polícia Federal e não com o Ministério Público Federal. Os procuradores da Lava Jato, absolutamente insuspeitos de ligação com o petismo, não encontraram provas das acusações de Palocci, consideradas como um apanhado de denúncias já reveladas e concatenadas num enredo factível.”
Veja o twitter de Mônica Bérgamo:
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