Miriam Leitão vê Bolsonaro como um extremista cada vez mais isolado na América Latina
"Bolsonaro está sozinho, porque nem a direita da região tem afinidade com ele", diz a jornalista
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247 – A jornalista Miriam Leitão avalia que a mudança de ventos na América do Sul reforça o isolamento internacional de Jair Bolsonaro. "O resultado do plebiscito no Chile e a eleição presidencial na Bolívia são boas notícias numa região que acumula tensões e amarguras. Até a aposentadoria do senador uruguaio, e ex-presidente, José Mujica foi uma aragem de boa política pelo seu discurso forte e sincero que viralizou nas redes. Nos casos chileno e boliviano, a saída dos impasses foi pelo melhor dos caminhos, a democracia", diz ela, em sua coluna no jornal O Globo.
"Bolsonaro, pela sua defesa dos regimes ditatoriais da América Latina das décadas de 60 e 70 do século passado, deu a impressão de que a região voltaria ao velho padrão de democracia interrompida. Como venceram candidatos de direita no Chile, Paraguai e Uruguai, o temor era de um queda no túnel do tempo. Mas o que ficou claro é que Bolsonaro está sozinho, porque nem a direita da região tem afinidade com ele", afirma ainda a jornalista.
"A diferença entre a direita da região e Bolsonaro é que o presidente brasileiro defende a ditadura, o que outros governantes não fazem. Além disso, no seu governo, há pessoas que como ele admiram torturadores. E existem militares remanescentes da pior ala do regime, a do general Silvio Frota, derrotada pelo presidente Ernesto Geisel no dia 12 de outubro de 1977. Nosso retrocesso é muito maior do que nos damos conta", lembra Miriam.
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