Míriam Leitão defende queda na taxa de juros e aponta erro em "teimosia" do BC com Lula

Em artigo no Globo, jornalista listou motivos para a queda da taxa Selic, a qual chamou de "exagerada" e classificou como responsável pela recessão brasileira

Míriam Leitão e Roberto Campos Neto
Míriam Leitão e Roberto Campos Neto (Foto: Reprodução | ABR)


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247 - Em artigo publicado no jornal O Globo, a jornalista Míriam Leitão defendeu que o Banco Central comece a reduzir a taxa de juros brasileira já nesta quarta-feira (22), embora tenha reconhecido que isso não acontecerá por "fundamentalismo" da instituição presidida por Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Bolsonaro (PL) ao cargo.

Míriam listou motivos "técnicos" para a queda da taxa Selic. A queda nos juros também é pauta central do governo Lula (PT) - em entrevista à TV 247 nesta terça-feira (21), o presidente da República afirmou que "é irresponsabilidade o BC manter a taxa de juro a 13,75%".

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A jornalista afirma que a inflação caiu e uma taxa de 8% de juro real é "exagerada" para um núcleo de 5,5%. Além disso, segundo Míriam, a economia brasileira está desacelerando como efeito colateral dos juros altos: "é preciso saber a dose e o tempo do tratamento. Os dados de atividade mostram que os efeitos colaterais já estão fortes", apontou.

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Jair Bolsonaro (PL) também foi responsabilizado por dificuldades na economia brasileira: "fez no ultimo ano uma política fiscal de gastança eleitoreira em alguns itens, e de compressão insustentável em outras despesas". 

Ela também destacou o "ambiente ruim" na economia internacional após a quebra de bancos importantes como o SVB e Signature, além das medidas de socorro ao First Republic e Credit Suisse (que posteriormente foi comprado pelo UBS).

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Por fim, Míriam afirmou que, apesar de ser "independente", o Banco Central deixa-se pressionar pelo governo federal e, por isso, não diminui a taxa de juros apenas por teimosia, para contrariar a gestão Lula: "bom economista é aquele que muda de ideia quando mudam as circunstâncias. Está na hora de o Banco Central reduzir juros. Não cairá hoje por teimosia, mas será um erro".

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