Míriam Leitão: Cade só condenará a Petrobrás se for por pressão política

A jornalista diz que os dois inquéritos em tramitação no Cade contra a empresa não devem prosperar. "A menos que o órgão atue sob pressão política", afirma

Jornalista Míriam Leitão e a Petrobrás
Jornalista Míriam Leitão e a Petrobrás (Foto: Reprodução | ABr)


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247 - Em sua coluna publicada no jornal O Globo, a jornalista Míriam Leitão sinaliza que os dois inquéritos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Petrobrás "têm poucas chances de chegar a um resultado da forma como quer o governo". "A menos que o órgão atue sob pressão política, para beneficiar a reeleição" de Jair Bolsonaro. 

"Um dos inquéritos investiga se as ações da Petrobrás no mercado de combustíveis podem limitar a concorrência na importação. Nesse caso, a investigação ocorre porque a empresa está fazendo justamente o que o governo quer: segurar ao máximo os repasses de preço da gasolina e do diesel", destaca. "Mesmo com os repasses já promovidos pela Petrobrás, a cotação interna está com defasagem de 10% no diesel e de 20% na gasolina. Ou seja, por mais que a empresa tenha subido o preço, ainda teria que subir mais para acompanhar o preço internacional", continua.

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De acordo com a jornalista, "o outro inquérito, que investiga se a empresa cometeu infração econômica com os reajustes nos preços, também não faz sentido". "A empresa está apenas repassando a volatilidade do petróleo e do dólar, os dois principais componentes para a formação dos preços. O lucro da companhia, historicamente, vem da área de produção, não do refino".

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