Mídia chinesa diz que políticos estadunidenses que planejam golpe de Estado em outros países deveriam ser punidos pela lei

A mídia chinesa comentou a entrevista em que John Bolton admitiu que participou do planejamento de golpes de Estado no exterior

John Bolton
John Bolton (Foto: DENIS BALIBOUSE - REUTERS)


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Rádio Internacional da China - Em uma entrevista realizada no dia 12, o ex-assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, admitiu que participou do planejamento de golpes de Estado no exterior. Ele não explicou claramente quais foram os golpes de Estado que tinha incentivado, mas mencionou o ocorrido em 2019 na Venezuela.

No dia 13, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou as palavras de Bolton, dizendo demonstrarem que os EUA são o maior inimigo da democracia.

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De fato, já há muito tempo que os Estados Unidos têm desempenhado o papel de "polícia mundial" para planejar golpes em outros países. Isso não é um segredo. Mas John Bolton ousa falar publicamente sobre esta questão, o que mostra a arrogância dos norte-americanos. Em 2008, Bolton já havia afirmado em uma entrevista concedida à Al Jazeera que planejar golpes de Estado no exterior é uma medida necessária para defender os interesses dos EUA.

Em junho deste ano, a rede televisiva norte-americana, A&E, listou vários golpes de Estado promovidos pelos EUA para derrubar governos estrangeiros ao longo de mais de um século. O mais famoso ocorreu em janeiro de 1893, quando os Estados Unidos instigaram um golpe de estado de expatriados estadunidenses no Reino do Havaí e enviaram apoio militar para os rebeldes, fazendo desta forma com que o Havaí se tornasse o 50º estado dos EUA em 1959.

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O Instituto Cato publicou em abril deste ano um relatório revelando que nos últimos dois anos, oficiais treinados pelos EUA orquestraram pelo menos quatro golpes na África Ocidental, em Burkina Faso (2022), Guiné (2021) e Mali (2020 e 2021).

Além disso, Washington ainda promoveu várias revoluções duvidosas em diversos países para realizar alterações de poder.

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O projeto de codinome "127e", secretamente autorizado e financiado pelo governo dos Estados Unidos, foi exposto pela mídia. De acordo com o site The Intercept dos EUA, o governo estadunidense usa esse programa para fornecer armas, inteligência e outras assistências militares a grupos armados estrangeiros, cultivar seus agentes em outros países e servir aos seus interesses.

De 2017 a 2020, o governo dos EUA realizou pelo menos 23 guerras por procuração por meio do projeto "127e" e, somente em 2020, pelo menos 14 operações deste programa estavam ativas no Oriente Médio e região da Ásia-Pacífico.

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Esses políticos estadunidenses, cujas mãos estão manchadas com o sangue de pessoas de outros países, deveriam ser investigados e julgados pelas agências da ONU e punidos conforme a lei.

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