Mídia chinesa avalia que Biden “se deu mal” no Oriente Médio

Os países da região já perceberam que os EUA nunca estiveram preocupados verdadeiramente com o desenvolvimento deles

Biden discursa em cerimônia de chegada a Israel, 13 de jukho de 2022
Biden discursa em cerimônia de chegada a Israel, 13 de jukho de 2022 (Foto: Reuters/Ammar Awad)


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Rádio Internacional da China - O presidente dos EUA, Joe Biden, terminou sua visita no Oriente Médio e chegou a Washington no domingo (17). Antes de partir, ele anunciou em voz alta que começaria uma nova página do relacionamento com a região, mas, por fim, voltou de mãos vazias. A The New Yorker comentou que a visita de quatro dias mostra o fracasso completo da política de Biden em relação ao Oriente Médio.

A energia é um dos principais temas da visita. No dia que Biden chegou em Israel, os EUA publicaram que o índice de preço ao consumidor do país em junho aumentou 9,1% em termos anuais, chegando ao nível mais alto em 41 anos. A alta do preço de energia constitui o motivo principal. Nesse contexto, persoadir a Arábia Saudita a aumentar a produção de óleo e de gás natural era uma grande expectativa das mídias para a visita de Biden. No entanto, na declaração conjunta, a Arábia Saudita não prometeu claramente um aumento grande do petróleo.

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Segundo analistas, a Arábia Saudita tem capacidade limitada na produção petrolífera e deve considerar o acordo de produção de petróleo com a Rússia no quadro OPEP+, por isso, é bem improvável que mude sua política energética e externa em prol do interesse dos EUA.

Antes da visita, as mídias estadunidenses alegaram que Biden criaria uma aliança militar que incluiria os países do Golfo e Israel, e até mesmo formaria uma “Otan do Oriente Médio”. No entanto, alguns países manifestaram claramente que não têm interesse nesse plano. O premiê iraquiano, Mustafa Al-Kadhimi, afirmou que o Iraque jamais participaria de uma aliança militar regional, e o ministro das relações exteriores da Arábia Saudita, Faisal Bin Farhan Al Saud, disse não saber de nenhuma discussão sobre uma aliança de defesa Golfo-Israel. 

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Biden disse na Cúpula de Jeddah que os EUA não se retirarão nem permitirão que a China e a Rússia ou o Irã preencham o vácuo no Oriente Médio. Porém, a região não é o quintal de ninguém e seus países só saudam aqueles que sinceramente ajudam seu desenvolvimento.

O final da visita de Biden não é surpreendente. Nos últimos 20 anos, os EUA nunca trouxeram esperança nem confiança, em vez disso, criaram grandes catástrofes no Oriente Médio. Os países da região já perceberam que os EUA nunca estiveram preocupados verdadeiramente com o desenvolvimento deles e apenas os trataram como uma ferramente que pode ser aproveitada e depois abandonada.

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