Merval prevê suspeição de Moro em 2021, mas sem a devolução dos direitos políticos de Lula

Colunista Merval Pereira, do Globo, aposta que o Supremo Tribunal Federal irá decretar a suspeição do ex-juiz, mas sem anular a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do sítio de Atibaia (SP)

(Foto: Stuckert | Reprodução)


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247 – O colunista Merval Pereira, do Globo, que fez campanha pela prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê, em sua primeira coluna de 2021, que o ex-juiz Sergio Moro será declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal, mas sem que isso devolva os direitos políticos de Lula.

"Está previsto para o início do ano que se inicia o julgamento na 2ª turma do Supremo Tribunal Federal da parcialidade de Moro no caso do triplex do Guarujá, que tornou Lula inelegível pela Lei da Ficha Limpa depois de condenado em segunda instância. Pela decisão já tomada na mesma turma, que votou pela parcialidade de Moro no julgamento do doleiro Paulo Roberto Krüger no caso Banestado, é presumível que o ex-presidente Lula seja beneficiado pelo mesmo entendimento. No caso Banestado, o ministro Celso de Mello estava ausente, e o empate favorece o réu. Agora, os ministros Carmem Lucia e Edson Fachin já votaram a favor de Moro, mas um quinto voto será dado pelo novo ministro Nunes Marques, nomeado por Bolsonaro, e que até agora não lhe tem faltado. É praticamente certo que votará, como tem feito, com os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, anulando todo o processo do triplex do Guarujá", escreve Merval.

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"Lula terá uma recuperação política diante desse resultado, que levará o processo de volta à primeira instância, mas continuará inelegível, pois também está condenado em segunda instância no caso do sitio de Atibaia. Para que possa concorrer em 2022, será preciso que também esse processo seja anulado, o que é mais difícil de acontecer. Dificilmente os ministros da 2ª Turma estenderão a anulação ao caso de Atibaia, embora em tese possam fazê-lo. Seria, porém, um flagrante exagero jurídico, pois a condenação no caso de Atibaia foi feita pela juíza Gabriela Hardt, não por Moro, que só tratou do processo em seu início", prevê ainda o colunista.

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