Merval Pereira diz que Brasil ainda corre risco de ter uma guerra civil

"Há colaboracionistas em setores das Forças Armadas. Resolver isso é tarefa que demandará tempo — se partirem para a decisão radical, criam o clima que Bolsonaro quer", diz

(Foto: Adriano Machado/Reuters)


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247 - O jornalista Merval Pereira, em artigo publicado no jornal O Globo nesta quinta-feira (12), afirma que apesar de os ataques terroristas de bolsonaristas terem sido controlados, o Brasil ainda corre risco de ter uma guerra civil.

Ele destaca o papel de Jair Bolsonaro (PL) por trás dos terroristas e alerta para "setores bolsonaristas revoltados" dentro das Forças Armadas. "A divulgação de um vídeo, mesmo que por alguns minutos, nas suas redes sociais, avalizando uma suposta denúncia de que a eleição foi fraudada para favorecer Lula, só ratifica o que todo mundo já sabe: Bolsonaro está por trás das manifestações, insuflando e estimulando os ataques".

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"A situação não está totalmente controlada. As Forças Armadas, como instituição, até o momento seguiram a Constituição, mas ainda há setores bolsonaristas revoltados", completa.

Merval Pereira defende a permanência de José Múcio como ministro da Defesa, sob pena de gerar uma crise com os militares. "Ainda estamos na fase de tentativa de prevenir novos atos, de montar um sistema de informação minimamente confiável. O que estava em funcionamento no domingo foi um desastre, e está claramente cooptado. Esse, aliás, é um grave problema a ser resolvido: encontrar atores de confiança para atuar no Palácio do Planalto e no sistema de inteligência e informação do governo. Há grupos colaboracionistas em vários setores das Forças Armadas, das polícias militares e do setor público. Resolver isso é tarefa que demandará tempo e paciência — se partirem para a decisão radical, criam o clima que Bolsonaro quer. A divisão eleitoral do país se transforma em potencial guerra civil. Todo cuidado é pouco para, sem deixar de ser rigoroso, não criar atritos nas áreas que ainda não estão totalmente aderentes à democracia e à troca de comando. Essas posições ainda persistem e precisam ser acompanhadas com rigor, mas também com cautela".

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