Mello Franco: 'nem a morte de 261 mil brasileiros é capaz de extrair alguma humanidade de Bolsonaro'

Jornalista Bernardo Mello Franco afirma que “nem a morte de 261 mil brasileiros é capaz de extrair alguma humanidade de Jair Bolsonaro”. Para ele, é preciso pressionar a Câmara a abrir um processo de impeachment e "transformar a indignação em ação"

(Foto: Reuters)


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247 - O jornalista Bernardo Mello Franco afirma, em sua coluna no jornal O Globo, que “nem a morte de 261 mil brasileiros é capaz de extrair alguma humanidade de Jair Bolsonaro”. “No pior momento da pandemia, o capitão voltou a ostentar desprezo pelo sofrimento alheio. “Chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”, debochou ontem, em Goiás”, destaca.

Mello Franco avalia que ao utilizar o termo “mimimi”, Bolsonaro ‘tenta desmerecer as críticas a seu comportamento irresponsável. A gíria foi adotada pela militância bolsonarista para ironizar minorias e grupos oprimidos. “Por essa lógica, também é “mimimi” reclamar de um governo que ignora a ciência, deixa pacientes sem oxigênio e sabota a negociação de vacinas”, emenda.

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“Ontem o capitão chamou de “idiota” quem reivindica a compra de imunizantes para todos. “Só se for na casa da tua mãe!”, acrescentou. A pergunta “Vão ficar chorando até quando?” expõe Bolsonaro em estado puro: um político que despreza a vida e celebra a morte”, pontua o texto.

“Hoje completa um mês o pedido de impeachment apresentado por médicos como Gonzalo Vecina e José Gomes Temporão. O documento lista dezenas de crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente na pandemia. Pressionar a Câmara a aceitá-lo é uma forma de transformar a indignação em ação”, finaliza. 

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