Mello Franco: governo Bolsonaro pratica 'ocultação de cadáveres'

Jornalista Bernardo Mello Franco ressalta que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, evitou falar sobre o avanço da Covid-19 no Brasil durante reunião com representantes dos países que integram a OMS. “Ao falar da pandemia, omitiu as mais de 105 mil mortes já registradas no Brasil”, diz

Bernardo Mello Franco, vista aérea de cemitério em Manaus e Jair Bolsonaro
Bernardo Mello Franco, vista aérea de cemitério em Manaus e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters | PR)


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247 - O jornalista Bernardo Mello Franco destaca que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, evitou falar sobre o avanço da Covid-19 no Brasil durante uma reunião com representantes dos países que integram a Organização Mundial de Saúde (OMS). “Ao falar da pandemia, omitiu as mais de 105 mil mortes já registradas no Brasil”.  “Estamos entre os líderes mundiais em pacientes recuperados”, festejou. Ele acrescentou que o número “evidencia o acerto das ações do governo”. Faltou lembrar que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de mortos e infectados”, diz Mello Franco em sua coluna no O Globo.. 

“Na reunião, o general declarou que o governo tem “compromisso inequívoco com a transparência de dados” sobre a pandemia. Imagine se não tivesse. Na gestão dele, houve uma operação para maquiar números e esconder cadáveres. O ministério atrasou boletins e deixou de informar o total de mortos. Foi obrigado a voltar atrás por ordem do Supremo Tribunal Federal”, afirma o jornalista.

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Para ele, “o bolsonarismo não desiste de se eximir da sua responsabilidade pela tragédia. No sábado, o Planalto distribuiu relatório que vincula as mortes pela Covid a governadores e prefeitos de oposição. Ontem o presidente declarou que as vítimas poderiam estar vivas se tivessem tomado cloroquina. É como dizer que os pacientes só morreram por não acreditar num charlatão.

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