Mello Franco: derrota de Crivella põe um freio em projeto da Igreja Universal
Para o jornalista Bernardo Mello Franco, a derrota de Marcelo Crivella na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro “impôs um freio ao plano de poder da Igreja Universal”
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247 - O jornalista Bernardo Mello Franco observa em sua coluna desta segunda-feira (30), no jornal O Globo, que a derrota de Marcelo Crivella na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro “impôs um freio ao plano de poder da Igreja Universal”.
“Crivella se elegeu em 2016 com o discurso de que governaria para todos. Foi uma das muitas promessas que ele não cumpriu. O dublê de bispo e prefeito favoreceu abertamente seu grupo religioso. Transformou a administração municipal em guichê da Universal”, ressalta o jornalista.
Para Mello Franco, “a agenda reacionária tinha um objetivo claro: esconder o abandono da prefeitura. Enquanto Crivella pregava, a máquina pública deixou de funcionar. Aos poucos, a população percebeu o truque. Ele se tornou o prefeito mais impopular em décadas — uma façanha de proporções bíblicas, dado o histórico da cidade”.
“Em busca da reeleição, o bispo praticou seu ato final de oportunismo. Ex-ministro de Dilma, ele tentou pegar carona na popularidade de Bolsonaro. Apesar do apoio do capitão, recebeu a menor votação entre todos os candidatos que já disputaram um segundo turno no Rio”, avalia.
“Ontem Eduardo Paes anunciou o fim do governo “mais preconceituoso” que já passou por aqui. A vitória esmagadora do ex-prefeito teve um quê de exorcismo. No futuro, 2020 será lembrado como o ano em que os cariocas se libertaram de Crivella”, finaliza Mello Franco.
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