Luis Felipe Miguel: “o que a gente está vendo é o fracasso do jornalismo empresarial no Brasil”

Professor da UnB analisou a mentira como base de comunicação dos governos de extrema direita e o discurso de ódio alimentado pela imprensa hegemônica. Em entrevista à TV 247, o cientista político também comentou o caso Julian Assange

(Foto: Foto: reprodução)


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Por Stefani Costa - Para o cientista político e professor da UnB Luis Felipe Miguel, a vida política de Jair Bolsonaro e de outros representantes da extrema direita é baseada na negação sistemática da realidade, impedindo a formação de um debate público sério. 

O professor avalia que, quando a imprensa se recusa a reportar os fatos, ela deixa de fazer o seu papel e reforça uma visão de mundo que agride grupos inteiros de pessoas. “A gente sabe que existem disputas de interpretação, mas existem elementos que, pessoas de boa fé, entendem como sendo base de consenso sobre o que é o mundo”, explica, em participação no programa Conexão Lisboa, na TV 247.

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Ainda sobre o papel da imprensa brasileira, Luis Miguel observa o atual momento com bastante preocupação. “O que a gente está vendo, mais uma vez, é o fracasso do jornalismo empresarial no Brasil, que, mesmo ameaçado por esses novos circuitos de informação, não é capaz de assumir um compromisso profissional sério.”

Questionado a respeito do silêncio diante do caso Julian Assange, o cientista político entende que a mídia está em uma situação difícil provocada pelas mudanças tecnológicas, dificuldades de financiamento e crise de credibilidade.

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“O problema é que, com tudo o que aconteceu, essa grande mídia não é capaz de romper com seus compromissos de sempre. O caso do (Julian) Assange é mais um entre vários. A defesa de liberdade de expressão que eles fazem é muito seletiva. Eles aproveitaram o vazamento que o Assange fez, mas eles não são capazes de defender essa liberdade porque eles preferem fazer acertos com os grupos que são incomodados por esses vazamentos.”

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