Ligações do clã Bolsonaro com Steve Bannon são estreitas

Steven Bannon, o ex-assessor do presidente dos Estados Unidos que foi preso na última quinta-feira por desvio de dinheiro e fraude, se tornou um guru do clã Bolsonaro, com o qual estabeleceu proximidade. As suas relações com o titular do Planalto, com seu filho Eduardo e o outro guru, o ideólogo de extrema direita Olavo de Carvalho, são estreitas

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)


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247 - O cerco da Justiça a Steve Bannon não é um revés apenas para a extrema direita nos Estados Unidos. O fato de Bannon ter sido detido sob a acusação de fraude e desvio de dinheiro da campanha para construção de um muro na fronteira dos EUA com o México —ele foi solto na noite desta quinta-feira após pagar fiança de 5 milhões de dólares― é também uma notícia desagradável para o Planalto de Jair Bolsonaro, que construiu laços com o ex-estrategista de Donald Trump. 

Os sinais de proximidade nunca foram escondidos. Pelo contrário, eram exaltados por ambos os lados. Ao completar 65 anos, Bannon recebeu dezenas de convidados em uma festa promovida em Washington. Um deles era o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que não poupou elogios ao anfitrião. “Pessoa ícone no combate ao marxismo cultural”, escreveu o parlamentar brasileiro ao homenagear o aniversariante por meio de suas redes sociais, em novembro de 2018, informa reportagem do El País.

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A relação entre Bannon e o clã Bolsonaro se solidificou no mesmo ano em que o Brasil elegeu pela primeira vez um presidente de extrema direita. No início de agosto, às vésperas da campanha eleitoral, Eduardo conheceu pessoalmente o estrategista que ajudou a levar Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. O encontro aconteceu em Nova York. Para retratar o tom da conversa, o filho do então presidenciável usou a retórica de ojeriza à esquerda, repetida meses depois no aniversário de Bannon, ao resumir que se tratava de “uma união de forças contra o marxismo cultural”.

A estratégia de Bannon inspirou a atuação digital do bolsonarismo no Brasil. Meses depois da eleição de Trump, o vereador Carlos Bolsonaro iniciava um processo de recrutamento de apoiadores em várias regiões do país para construir a rede de sustentação da campanha via Internet do pai. 

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