Kennedy Alencar cobra autocrítica dos jornalistas que apoiaram o golpe e a ascensão do fascismo no Brasil

“Médica perde juízo e topa ser ministra de Bolsonaro. É rejeitada porque disse uma verdade a respeito dele. Os aliados do genocida a ameaçam. Jornalistas se surpreendem com o que aconteceu. Não entenderam ainda? Vocês foram cúmplices”, publicou o jornalista Kennedy Alencar nas redes sociais

Kennedy Alencar
Kennedy Alencar (Foto: Editora 247)


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247 - O jornalista Kennedy Alencar, nas redes sociais, nesta segunda-feira, 15, cobrou autocrítica dos jornalistas que apoiaram o golpe e a ascensão do fascismo no Brasil, afirmando eles foram “cúmplices” das ameaças que foram feitas contra a médica Ludhmila Hajjar, cotada para ser substituta de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.

“Médica perde juízo e topa ser ministra de Bolsonaro. É rejeitada porque disse uma verdade a respeito dele. Os aliados do genocida a ameaçam. Jornalistas se surpreendem com o que aconteceu. Não entenderam ainda? Vocês foram cúmplices. Chocaram o ovo da serpente. Coautoria, sabem?”, publicou Alencar no Twitter.

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Médica nega participar do governo Bolsonaro

O governo Bolsonaro se reuniu com a médica cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar, indicada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), mas ela recusou o convite para assumir o Ministério da Saúde e ressaltou que se “pauta pela ciência" ao criticar medidas defendidas pelo governo como uso da cloroquina e pregação contra o lockdown.

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"Fiquei muito honrada pelo convite do presidente [Jair] Bolsonaro, tivemos dois dias de conversas, mas infelizmente acho que esse não é o momento para que eu assuma a pasta do Ministério da Saúde por alguns motivos, principalmente por motivos técnicos. Sou médica, cientista, especialista em cardiologia e terapia intensiva, tenho toda minhas expectativas em relação à pandemia. O que eu vi, o que eu escrevi, o que eu aprendi está acima de qualquer ideologia e acima de qualquer expectativa que não seja pautada em ciência", disse Ludmila Hajjar em declaração à CNN Brasil. 

A médica também explicou que a aplicação de um lockdown geral no Brasil é impossível de ser efetivada pela dimensão territorial, mas reforçou que regiões devem aplicar a medida seguindo orientação de especialistas. 

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"Algumas medicações pregadas, como a cloroquina, ivermectina, azitromicina, o zinco e a vitamina D já demonstraram não ser eficazes no tratamento da doença (...) Muitos de nós prescreveram cloroquina. Eu mesmo já falei isso: eu também [prescrevi]. Até que fomos lidando com os resultados que a ciência nos trás e inúmeros estudos vieram para nos mostrar, de maneira definitiva, a não eficácia desses tratamentos. Isso é algo que eu apontei e é um assunto do passado, afirmou.

Ela foi ameaçada de morte por bolsonaristas e está usando carro blindado e seguranças para se proteger.

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