Justiça suspende decisão que obrigava Glenn Greenwald a excluir posts contra Sergio Moro

O jornalista chamou o ex-juiz de corrupto e lembrou da influência que o ex-magistrado teve na última eleição presidencial

Glenn Greenwald e Sergio Moro
Glenn Greenwald e Sergio Moro (Foto: Agência Senado)


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Por Rafa Santos, Conjur - Por entender que a exclusão dos tuítes que provocaram a ação judicial do ex-juiz da "lava jato" Sergio Moro contra Glenn Greenwald seria um ato irreversível e resultaria na perda do objeto de recurso do jornalista, o desembargador Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima, do Tribunal de Justiça do Paraná, suspendeu a decisão que determinava que as postagens fossem apagadas.

A decisão suspensa pelo desembargador fora proferida pelo juízo da 17ª Vara Cível de Curitiba. Na postagem que provocou a demanda judicial, o jornalista chamou o ex-juiz e agora político de corrupto e lembrou que ele ordenou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — o que impediu o petista de disputar as eleições de 2018 para a Presidência da Repúblca — para em seguida ocupar o cargo de ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro.

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Ao analisar a decisão recorrida, o desembargador avaliou que a tutela de urgência concedida pelo juiz de piso configurou censura prévia intolerável e impõs obrigação ao Twitter e ao Google que é estranha ao processo.

Por fim, o magistrado afirmou que a postagem de Glenn Greenwald está dentro dos limites da liberdade de expressão na internet e lembrou o julgamento do Supremo Tribunal Federal que declarou a suspeição do ex-juiz nos processos envolvendo o ex-presidente. A suspensão é válida até que o recurso seja analisado pelo colegiado da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná.

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