Justiça condena ex-repórter da Record por importunação sexual
O jornalista trabalhava no Domingo Espetacular e, de acordo com denunciantes, deixava-as constrangidas com piadas de cunho sexual, palavras obscenas e carícias em seus corpos
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247 - A juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida condenou nesta segunda-feira (17) o repórter Gerson de Souza a dois anos e meio de prisão. A magistrada converteu a reclusão em prestação de serviços comunitários e multa de dez salários mínimos (R$ 13.200,00). Há quatro anos ele foi acusado de assédio sexual por quatro colegas de trabalho na Record Tv. O jornalista trabalhava no Domingo Espetacular e, segundo as denunciantes, deixava-as constrangidas com piadas de cunho sexual, palavras obscenas e carícias em seus corpos.
Uma produtora do programa chegou a afirmar que ele dizia frases como “Sua gostosa”, “Sua delícia” e “Com essa roupa que você está usando, o que vai fazer quando sair daqui?”.
"Em que pese a divergência doutrinária acerca da (im)prescindibilidade do toque físico para configuração do tipo, toques e beijos lascivos, dados sem consentimento da outra pessoa, são práticas que caracterizam o crime de importunação sexual", escreveu a magistrada.
O repórter foi demitido da emissora em 2020, um ano e cinco meses depois das denúncias.
Gerson afirmou que sempre respeitou os colegas, independente do gênero. "Sou pai de cinco filhas e avô de quatro netas, e é essencial para mim que mulheres tenham um ambiente de trabalho seguro", disse, à época.
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