Jornalistas da CNN Brasil são forçados a abrir fontes contra Lira, diz sindicato

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo afirmou repudiar as tentativas de interferência dos gestores da CNN Brasil e exigiu respeito ao livre trabalho jornalístico

(Foto: Divulgação)


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247 - O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) divulgou um comunicado, nesta quinta-feira (15), afirmando que cresceram os relatos de jornalistas dando conta do aumento de “tentativas inaceitáveis de interferência empresarial no trabalho jornalístico dos profissionais da emissora”, desde a chegada do empresário João Camargo à presidência do conselho da CNN Brasil, no final de 2022. 

Segundo o SJSP, a empresa teria demitido diversos profissionais logo após a veiculação de reportagens ou comentários que “teriam desagradado membros dos Poderes da República” e que o “caso mais grave ocorreu no dia 1º de junho deste ano, quando a Polícia Federal realizou uma operação para investigar irregularidades na compra de kits de robótica em Alagoas”. 

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“O programa ‘CNN 360’ divulgou a notícia de que a PF havia encontrado um cofre com R$ 4 milhões em dinheiro vivo na casa de um ex-assessor de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. A notícia recebeu uma errata porque a própria Polícia Federal corrigiu a informação inicial”, destaca o SJSP. 

Pouco depois, ainda conforme o sindicato, a direção da CNN Brasil teria pressionado os jornalistas a revelar o nome da fonte que havia revelado que o cofre com dinheiro vivo estava na casa do ex-assessor de Lira. 

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“Coincidentemente, ou não, Arthur Lira esteve entre os convidados especiais de um jantar promovido depois desse episódio, no último dia 5 de junho, pela Esfera Brasil, que tem João Camargo como presidente do Conselho de Administração”, destaca o órgão sindical.   

No comunicado, o SJSP ressalta “defender firmemente o direito do jornalista profissional, garantido pela Constituição Federal, de manter suas fontes em sigilo, frente a qualquer tentativa de violação, seja pelo empregador, seja pelos poderes de Estado”.

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