Jornal Estado de S. Paulo começa a contar as horas para o fim do governo Bolsonaro
O jornal paulista, que ajudou a eleger Jair Bolsonaro e ficou famoso pelo editorial “Uma escolha muito difícil” na época da disputa do fascista contra Fernando Haddad (PT), afirma que as 17,5 mil horas para o governo acabar serão “uma eternidade, considerando-se que se trata do pior governo da história nacional”
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247 - O jornal Estado de S.Paulo começou a contar as horas para o fim do governo de Jair Bolsonaro. Em artigo publicado nesta sexta-feira, 1º, o jornal publicou que “a partir de hoje, quando se completa a primeira metade do mandato, faltarão cerca de 17,5 mil - uma eternidade, considerando-se que se trata do pior governo da história nacional”.
O jornal paulista, que ajudou a eleger Bolsonaro e publicou o famoso editorial “Uma escolha muito difícil” na época da disputa do fascista contra Fernando Haddad (PT), afirma que “os dois primeiros anos da gestão de Bolsonaro servem de parâmetro para o que nos aguarda na segunda parte do mandato, o Brasil nada pode esperar senão mais obscurantismo, truculência e incapacidade administrativa, pois essa é a natureza de um governo cujo presidente não se elegeu para governar, e sim para destruir”.
Ainda, o jornal critica que “as alardeadas reformas foram ou esquecidas ou sabotadas por Bolsonaro justamente na época mais propícia para sua aprovação”. Isto é, o Estado de S. Paulo mostra claramente que um dos problemas de Bolsonaro seria sua incapacidade de levar adiante a política de reformas neoliberais, motivos pelo qual um setor da direita abandonou o governo.
“Será uma surpresa se a pauta de reformas avançar na segunda metade do mandato, em meio ao previsível clima de campanha eleitoral alimentado pelo próprio presidente. Não há motivo para otimismo – e não há porque Bolsonaro não se mostrou competente nem mesmo para encaminhar as pautas ditas ‘de costumes’, tão caras ao bolsonarismo”, continua o jornal.
“Até aqui, Bolsonaro dedicou-se a criar um discurso em que todos são responsáveis pelos problemas, menos ele”, ressalta. “Para que esse discurso funcione, é preciso desqualificar a imprensa profissional, que trabalha para revelar fatos concretos, e valorizar as redes sociais, que criam ‘fatos’ sob encomenda. É o que Bolsonaro faz a todo momento”, afirma.
“Nas 17,5 mil horas desse pesadelo que ainda temos pela frente, é preciso que a sociedade e as instituições democráticas impeçam Bolsonaro de completar sua obra deletéria. Se não se pode esperar que Bolsonaro se emende, ao menos é possível tentar reduzir os danos de sua catastrófica passagem pelo poder”, conclui.
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