Jânio de Freitas pede interdição de Bolsonaro: 'periculosidade social na condução do cargo'
"A última semana, como um início de cerco a Bolsonaro, deu-lhe os ares e os atos de desespero”, afirma o jornalista Jânio de Freitas
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247 - O jornalista Jânio de Freitas destaca, em sua coluna na Folha de S. Paulo deste domingo (20), que a qualificação judicial – “periculosidade social na condução do cargo”, utilizada pelo STJ para afastar o secretário de Segurança da Bahia, “parece criada para resumir as razões de interdição de Bolsonaro”. Para ele, “a expressão ajusta-se com apego milimétrico a quem incentiva a população a riscos de morte ou sequelas graves, com a recusa à prevenção e ao tratamento científico”.
“Quem observou os movimentos reativos que o caracterizam por certo notou que é também dele a vulgar elevação da agressividade quando o medo, a perda de confiança, o pânico mesmo, são suscitados pelas circunstâncias. A última semana, como um início de cerco a Bolsonaro, deu-lhe os ares e os atos de desespero”, ressalta o jornalista em referência ao “confisco da vacina Sinovac-Butantan pelo governo federal” e a “revelação de participações da Abin na defesa de Flávio Bolsonaro”.
“A explosão, incontível, não tardou. Na mesma quinta (17), Bolsonaro investe contra a imprensa, atiça as PMs contra jornalistas. Em fúria, faz os piores ataques aos irmãos donos de O Globo. Sem apontar indícios das acusações”, observa Jânio de Freitas.
"O gravíssimo uso da Abin, entidade do Estado, para proteger Flávio Bolsonaro e o desvio de dinheiro público, caiu em boas mãos, as da ministra Cármen Lúcia no Supremo. Troca de vantagens não haverá, medo não é provável", avalia o jornalsta.
“Isso significa atos mais tresloucados de Bolsonaro. E um problema para e com os militares que, no governo, em verdade são a guarda pessoal de Bolsonaro”, aponta o texto.
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