Janio de Freitas diz que imprensa tem desafio de garantir eleição limpa após omissão da viagem de Lula

“O histórico da chamada mídia brasileira a iguala aos militares na adoção funcional de um papel político, de dirigismo suprainstitucional e supraconstitucional”, diz Janio de Freitas, que também lembrou a relação próxima entre a mídia corporativa e a Lava Jato

Janio de Freitas
Janio de Freitas (Foto: Reprodução (Youtube))


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247 - O jornalista Janio de Freitas escreveu, em artigo deste sábado, 20, que “​jornais e tevês, e seus proprietários, dirigentes e jornalistas, estão diante da responsabilidade por uma eleição presidencial limpa”, pois, caso contrário, “o serão por um desastre institucional e social sem mais possibilidade, desta vez, de recuperação em tempo imaginável”.

Freitas critica as atitudes da imprensa corporativa, lembrando que “foi preciso que leitores e espectadores esbravejassem com suspeições, para que o noticiário dos principais diários e emissoras” incluísse a viagem do ex-presidente Lula (PT) à Europa, “de inegável relevância política e jornalística”. Segundo ele, isso proporcionou “o mais desalentador prenúncio da disputa eleitoral do próximo ano”.

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No sábado, o ombudsman da Folha, José Henrique Mariante, reconhece que o jornal escondeu a viagem do ex-presidente à Europa, onde Lula foi tratado como chefe de Estado, ovacionado no Parlamento Europeu, recebido pelos presidentes Emmanuel Macron (França) e Pedro Sanchez (Espanha), assim pelo futuro primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Ebert.

“O histórico da chamada mídia brasileira a iguala aos militares na adoção funcional de um papel político, de dirigismo suprainstitucional e supraconstitucional”, diz Janio de Freitas. Segundo ele, “não se trata da definição por linha política ou por candidatura, que podem ser legítimas se transparentes e éticas, mas de práticas manipuladoras da consciência e da conduta dos cidadãos”.

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O jornalista lembrou de toda a associação da mídia corporativa com a Lava Jato e destacou que a briga eleitoral em 2022 “será bélica”. “Para pesar do jornalismo, a mal denominada mídia é a mais eficaz arma nesse gênero de guerra”, escreve. 

Segundo ele, a omissão de viagem do ex-presidente Lula (PT) à Europa mostra um "prenúncio".  “O erro foi reconhecido e encerrado. Conduta rara, senão única. E, curioso, a Folha e O Globo tiveram a correção de publicar cartas, uma em cada um, de leitores indignados com o boicote percebido. Não parece, mas, na imprensa tão soberba, foi um fato histórico”, disse.

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E assim concluiu:

“Jornais e tevês, e seus proprietários, dirigentes e jornalistas, estão diante da responsabilidade por uma eleição presidencial limpa”. 

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