Jamil Chade: Bolsonaro vai usar o funeral de Elizabeth II e a Assembleia Geral da ONU em atos de campanha

"Bolsonaro não conseguiu um só convite para visitar uma grande capital da Europa Ocidental ao longo do mandato", diz Chade em referência ao isolamento internacional de Bolsonaro

Jamil Chade e Bolsonaro
Jamil Chade e Bolsonaro (Foto: Agência Pública | Alan Santos/PR)


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247 - “Jair Bolsonaro transformará dois dos principais eventos mundiais de 2022 em um ato de campanha eleitoral. Na segunda-feira, ele estará em Londres para o funeral da rainha Elisabeth 2ª e, em seguida, viaja para Nova York para participar da abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas)”, afirma o jornalista Jamil Chade, no UOL.

“No caso do funeral, a ideia é a de veicular a imagem a seus apoiadores de que o presidente não é um pária internacional e que está ao lado dos principais líderes do mundo”, destaca Chade. 

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No texto, o colunista relembra que “Bolsonaro não conseguiu um só convite para visitar uma grande capital da Europa Ocidental ao longo de seu mandato. Ele rompeu com o governo francês, ignorou os alemães e apenas esteve em encontros multilaterais, como o G20, no qual sua presença não depende de uma vontade individual dos líderes estrangeiros”.

“No dia 20, terça-feira, Bolsonaro cumpre o papel tradicional do Brasil de abrir a Assembleia Geral da ONU”, diz Chade. Segundo ele, “uma parcela substancial do texto, que ainda está sendo trabalhado, refaz os supostos feitos de Bolsonaro ao terminar seu governo, numa espécie de resumo do que foram os quase quatro anos de seu mandato. “Mas o desembarque de Bolsonaro na ONU ocorre num momento de duras críticas da entidade contra o presidente”. 

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“Na próxima semana, antes de Bolsonaro falar, ele terá de ouvir também recados claros por parte do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. "A solidariedade prevista na Carta das Nações Unidas está sendo devorada pelos ácidos do nacionalismo e do interesse próprio", disse o português nesta semana, ao antecipar uma parcela de sua mensagem”, ressalta o jornalista. 

“Segundo ele, essa solidariedade internacional está sendo minada "por um desprezo chocante pelos mais pobres e vulneráveis em nosso mundo, por políticos que jogam com os piores instintos das pessoas para obter ganhos partidários, por preconceitos, discriminação, desinformação e discursos de ódio que colocam as pessoas umas contra as outras", finaliza.

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