Inelegibilidade de Bolsonaro está a conta-gotas, diz Helena Chagas

A jornalista citou ministros do TSE que ainda não votaram e podem ser favoráveis à condenação do ex-ocupante do Planalto

Helena Chagas e Jair Bolsonaro
Helena Chagas e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Tânia Rêgo/Agência Brasil)


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247 - A jornalista Helena Chagas sugeriu nesta quinta-feira (29) que Jair Bolsonaro (PL) não terá chances de escapar de uma punição imposto por ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - o placar está 3 x 1 pela condenação à perda dos direitos políticos por oito anos. O julgamento será retomado nesta sexta-feira (30). Em ação judicial, o PDT argumentou que o ex-ocupante do Planalto cometeu abuso de poder no ano passado, quando a TV Brasil transmitiu a reunião dele com embaixadores - na ocasião, ele fez ataques ao sistema eleitoral e disse que as urnas eletrônicas não são confiáveis no Brasil.  

"Inelegibilidade a conta-gotas. TSE suspende julgamento de Bolsonaro em 3 x 1 e segue amanhã. Não há dúvidas quanto a Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. Já Kassio Nunes pode seguir a linha divergente de Raul Araújo. Não pediu vista - como Kassio não pedirá - mas prestou bom serviço ao bolsonarismo c/ a tese da 'interferência mínima' do Judiciário no processo eleitoral. Não convence. Na defesa de uma eleição, e da democracia, deve haver interferência máxima de quem tem a legitimidade constitucional p/isso…", escreveu a jornalista.

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Durante o seu governo, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalhava a gestão. O ex-chefe do Executivo federal criticou o TSE e o Supremo Tribunal Federal. Também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. 

Críticas ao Judiciário são uma estratégia do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump (Partido Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

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Bannon, que trabalhou para o ex-chefe da Casa Branca, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado. Em novembro do ano passado, o TSE multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas.

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