Indicado para a EBC, Doyle defende que o golpe de estado contra Dilma seja chamado de golpe, e não de "impeachment"

Ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um golpe de estado em 2016, que é classificado equivocadamente como "impeachment" pela imprensa corporativa

Hélio Doyle e Paulo Pimenta
Hélio Doyle e Paulo Pimenta (Foto: Arquivo Pessoal | Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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247 – O futuro presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, defendeu que o sistema público de informação tenha compromisso com a verdade histórica e classifique o golpe de estado sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 como um golpe e não como um "impeachment" – a maneira equivocada como este processo é tratado pela imprensa comercial, que foi cúmplice da quebra da ordem democrática no Brasil.

"Se depender de mim, vai [ser tratado como golpe o golpe]. Se o governo disser que não é para tratar assim por uma questão, não trata. Mas se depender de mim, foi golpe. Não é só o tanque na rua, foram desenvolvidas novas formas de golpe, em que se usa instrumentos jurídicos e parlamentares para afastar um governante eleito legitimamente. Hoje está provado que as pedaladas [fiscais] não existiram. Elas foram um pretexto para afastar uma presidente que estava desagradando o Congresso. Então é uma questão de concepção. Se depender de mim, vai continuar falando que foi golpe. Gostem ou não gostem. Agora a linha editorial da empresa, a gente tem que discutir melhor. Estou falando de caráter pessoal. Aí nós teremos que discutir melhor, com a diretoria. Para mim foi golpe", afirmou, em entrevista à jornalista Victoria Azevedo, da Folha de S. Paulo.

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É consenso entre os juristas, cientistas políticos e historiadores sérios do Brasil que Dilma sofreu um golpe em 2016. A finalidade foi reorientar a agenda econômica do Brasil, para que fosse aplicado um projeto neoliberal, quatro vezes derrotado nas urnas, o da "ponte para o futuro". Os eixos centrais do projeto golpista foram a retirada de direitos sociais e trabalhistas, o desmonte do estado brasileiro e a transferência da renda do petróleo brasileiro para os acionistas minoritários da Petrobrás. As consequências visíveis do golpe de estado contra Dilma foram a volta da fome e a desmoralização internacional do Brasil, durante o ciclo Temer-Bolsonaro. Há poucos dias, os principais juristas do Brasil divulgaram um manifesto que atesta de forma cabal: Dilma foi vítima de um golpe.

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