Imprensa internacional repercute massacre no Jacarezinho

Chacina que deixou 25 mortos durante uma ação da Polícia Civil na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, foi destaque em grandes jornais internacionais como o Washington Post, New York Times, Guardian, BBC e El País

(Foto: Reprodução)


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247 - A chacina resultante de uma operação da Polícia Civil na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, repercutiu na imprensa internacional. Além dos 25 mortos, os jornais também destacaram a decisão do Supremo tribunal Federal (STF) que proíbe operações em comunidades durante a pandemia. 

Em uma reportagem sobre o massacre, o espanhol "El País" ressaltou que a operação “se tornou no segundo maior massacre da história do estado” e que “a ação policial desta quinta demonstra que, inclusive durante a pandemia de coronavírus, a política de segurança pública do governador Cláudio Castro (PSC) no Estado do Rio segue se guiando pelo enfrentamento direto com os narcotraficantes nas favelas e nos bairros periféricos, ignorando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)”.

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O jornal New York Times, um dos mais influentes do Estados Unidos, observou que que “o número de mortos da operação pode entrar para os recordes”. O veículo de comunicação também destacou que “residentes e ativistas dos direitos humanos acusaram a polícia de usar força excessiva e questionaram por que a operação foi feita, dado o impedimento do Supremo Tribunal Federal em operações policiais na cidade durante a pandemia”.

Já a britânica BBC, relembrou que as “forças de segurança no Brasil têm sido frequentemente acusadas de excesso de uso de força contra a população civil durante operações contra o crime nas grandes cidades”. O Guardian destacou a reação de ativistas e defensores dos direitos humanos, além de especialistas em segurança pública, “quando a escala da carnificina se tornou clara”.

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O jornal norte-americano Washington Post,  destacou que no Brasil as “operações policiais têm sido encorajadas por líderes políticos que ganharam eleições recentes concorrendo com uma mensagem que táticas ‘de guerra’ são necessárias para frear o crime e recuperar controle de territórios perdidos para gangues”. Nesta linha, o periódico cita que, em 2018, Jair Bolsonaro defendeu ações do gênero ao afirmar que  “policial que não mata não é policial”. 

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