Imprensa francesa dá destaque para entrevista de Lula ao Jornal Nacional
Entrevista de Lula ao jornal Nacional foi destaque em veículos de comunicação como o Le Figaro, Franceinfo, Paris Match, além da agência de notícias AFP
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RFI - O jornal francês Le Figaro e a AFP analisaram nesta sexta-feira (26) a entrevista concedida na véspera à Rede Globo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato às próximas eleições no Brasil. Lula foi o terceiro presidenciável entrevistado pelo Jornal Nacional nesta semana, depois de Jair Bolsonaro e Ciro Gomes.
A pergunta inicial feita pelo apresentador William Bonner a respeito de acusações de corrupção durante o governo Lula era esperada. “Visivelmente nervoso no início da entrevista, ele leu anotações para responder sobre corrupção”, observou Le Figaro.
Mas o ex-presidente admitiu: “Você não pode dizer que não houve corrupção se as pessoas confessaram" os crimes, declarou Lula sobre o escândalo envolvendo a Petrobras durante seus mandatos (2003-2010). Tentando expurgar o estigma que assola o PT, o candidato prometeu investigar toda irregularidade, se vencer o pleito de outubro.
O presidenciável criticou duramente a operação Lava Jato, iniciada em 2016 para investigar os desvios em contratos da Petrobras, por, em suas palavras, "ultrapassar o limite da investigação e entrar no limite da política" com o propósito de condená-lo.
Lula citou a criação de diversos mecanismos de acesso à informação e órgãos de investigação durante seu governo como evidências do que defendeu como compromisso contra a corrupção.
A equipe de checagem da AFP constatou que um dos órgãos citados por ele, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foi criado pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ainda que muitos veículos tenham reproduzido informações da AFP, a mídia francesa deu destaque à entrevista de Lula ao Jornal Nacional, a exemplo de publicações no site de notícias Franceinfo e na revista Paris Match.
Mais incêndios
Já o jornal Le Monde alertou para mais um pico de incêndios na Amazônia brasileira em 15 anos. Um recorde “fúnebre”, lamenta o diário.
Os números citados foram de 3.358 focos na última segunda-feira (22), de acordo com dados informados pelo Instituto Nacional de Estudos Espaciais, o Inpe.
Para Alberto Setzer, responsável pelo programa de vigilância de incêndios do instituto, nada prova que os focos desta segunda-feira tenham sido coordenados, mas indicam antes uma tendência geral de aumento do desmatamento.
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