“Imprensa acobertou o crime do dono das Casas Bahia”, diz Cynara Menezes
“Nesse período em que o Samuel Klein era denunciado por essas mulheres, as Casas Bahia não eram um dos maiores anunciantes não, eram o maior anunciante do Brasil. A censura da grana fica muito evidente nesse caso”, disse a jornalista à TV 247. Assista
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247 - A jornalista Cynara Menezes, em entrevista à TV 247, repercutiu as denúncias de crimes sexuais cometidos pelo ex-dono das Casas Bahia Samuel Klein e criticou duramente o silêncio da imprensa tradicional brasileira diante do caso. A TV 247 também recebeu o jornalista Thiago Domenici, um dos autores da reportagem que revelou a face sombria de Klein.
“O dono das Casas Bahia cometeu esses abusos entre 1989 e 2010, quando ele já tinha mais de 80 anos. Existem 11 processos na Justiça, todos eles abertos, de mulheres que denunciaram abusos sexuais desse senhor, um pedófilo. As pessoas contam na reportagem da Agência Pública que existia uma peregrinação de mulheres na loja de São Caetano, que é a sede das Casas Bahia. Muitas mulheres, diz que chegavam vans com mulheres. Aí eu questiono: nós temos em São Paulo a Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo, TV Bandeirantes, Globo e todos esses anos eles nunca ouviram falar disso? É muito inverossímill”, perguntou.
Cynara chama atenção para o fato de que “mesmo tendo saído a notícia [da Agência Pública], o caso não saiu nos jornais. Nenhum jornal repercutiu essa notícia tão grave do dono de uma das maiores empresas varejistas do Brasil”.
A jornalista, em seguida, explica o que parece ser o verdadeiro motivo pelo silêncio da grande mídia: as Casas Bahia são um dos maiores anunciantes da imprensa brasileira. “Nesse período em que o Samuel Klein era denunciado por essas mulheres, as Casas Bahia não eram um dos maiores anunciantes não, eram o maior anunciante do Brasil. Durante 11 anos seguidos, as Casas Bahia foram a maior anunciante da imprensa brasileira. Aí depois ela passa a ser a segunda maior. Então assim, a censura da grana fica muito evidente nesse caso e eu acho vergonhoso para uma imprensa, que se diz livre, esconder abusos sexuais do dono de uma empresa por conta de anúncio publicitário. Ele vai passar para a história como um herói porque a imprensa simplesmente acobertou um crime”.
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