Helena Chagas: Arthur Maia é um "preposto" de Arthur Lira na CPMI dos atos golpistas

A colunista sugeriu que aliados do governo precisam ficar atentos com as articulações durante os trabalhos da comissão

Montagem (da esq. para a dir.): Helena Chagas, Arthur Lira e Arthur Maia
Montagem (da esq. para a dir.): Helena Chagas, Arthur Lira e Arthur Maia (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABR)


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247 - A jornalista Helena Chagas disse nesta terça-feira (12) no programa Boa Noite 247 que o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos Golpistas, o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), "é um preposto" do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na CPMI. A colunista sugeriu que aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisam ficar atentos com as articulações durante os trabalhos da comissão. "O governo só concordou em criar a CPI porque percebeu que poderia controlar. E não é o que está acontecendo. Isso é desarticulação", disse ela. 

"Em vez do governo conseguir nomear o relator e o presidente, nomeou a relatora, senadora Eliziane Gama, do PSD, mas que é governista, ligada ao ministro Flávio Dino. Está lá, inclusive, para ajudar a proteger o Dino. E, na presidência, ao invés de ir um deputado da confiança do Palácio do Planalto, foi um deputado da confiança de Arthur Lira. Arthur Maia é um preposto de Arthur Lira na CPI dos Atos Golpistas. É a mesma pessoa que criticou a ministra Marina Silva hoje, que é relator do projeto do Marco Temporal", afirmou a jornalista. 

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Segundo a colunista, "quando o governo decidiu aceitar a criação desta CPI, noticiou-se que o governo teria larguíssima vantagem nesta CPI, que estava tudo dominado". "Aí, o tempo passa, e a falta de articulação do governo se reflete ali", disse. "Quando abriu a CPI, Arthur Maia disse nas entrevistas que a CPI se destina a investigar se houve golpe ou não. A tese do governo é que houve a tentativa de golpe", continuou. 

Ao comentar sobre a CPMI, a Helena disse que existe "um problema sério". "Arthur Lira é o fiel da balança na CPI dos Atos Golpistas. Porque o governo só tem maioria se tiver o apoio de Arthur Maia e da bancada de Lira. Quando eles forem votar uma série de requerimentos de convocações, o Maia vai querer ser o presidente equilibrado, que pode querer convocar gente do governo, da oposição. O governo só concordou em criar a CPI porque percebeu que poderia controlar a CPI. E não é o que está acontecendo. Isso é desarticulação", afirmou.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus 1.245 dos 1.390 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimentos nos atos golpistas. Em 8 de janeiro deste ano, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram as partes externas do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial. Bolsonaristas também entraram no Congresso Nacional e no STF.

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