Haddad: agências de checagem também devem ser reguladas

Ex-prefeito Fernando Haddad disse que as agências de checagem de informações que atuam na identificação de fake news também precisam de regulação e que o papel delas é checar fatos, não opiniões

MP Eleitoral pede absolvição de Haddad.
MP Eleitoral pede absolvição de Haddad. (Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)


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247 - O ex-prefeito Fernando Haddad, provável candidato presidencial em 2022, disse que as agências de checagem de informações que atuam na identificação de fake news também precisam de regulação. “Temos que garantir algum tipo de controle social em que o contraditório esteja estabelecido. Isso pode funcionar muito bem”, disse Haddad durante um debate sobre fake news promovido pelo grupo Prerrogativas transmitido ao vivo pela internet neste sábado (6). 

“Acho que a questão do autocontrole das plataformas, de serem obrigadas até por lei, a criarem seus controles internos até para evitar o mau uso dessas plataformas, sou plenamente a favor. Acho que tem que haver filtragem em relação a isso. O problema é quem faz a filtragem”, disse Haddad. 

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A declaração foi feita após o editor do portal Brasil 247, Leonardo Attuch, questionar a atuação das plataformas digitais e das agências de checagem na atuação da difusão de fake news. Recentemente, a Revista Fórum foi incluída erroneamente em um relatório da CPI das fake news em função de uma falha das agências de checagem. Pouco depois do assunto vir à tona, porém, a CPI admitiu o erro e retirou a Fórum do relatório que lista os sites propagadores de fake news.

“Temos que garantir algum tipo de controle social em que o contraditório esteja estabelecido. Isso pode funcionar muito bem. Existem jornais, emissoras, que cultivam justamente esta questão do contraditório. Tem jornal que tem “fale conosco, enfim, tem várias maneiras e que você, sem qualquer risco à liberdade de expressão, que é o bem maior que tem que ser zelado”, disse Haddad. 

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“Temos que encontrar formas de socialmente evitar que terroristas digitais, terroristas virtuais se valham destas ferramentas para mal orientar a opinião pública com calúnias, injúrias, com dados falsos (...) tudo que é contrário à democracia”, completou. 

“Temos que tomar muito cuidado com isso: quem fiscaliza as plataformas, sobre o eu transita ali, e sobre as agências de checagem que se julgam acima do bem e do mal em relação ao seu trabalho, que também deveria ser submetido ao contraditório”, ressaltou. 

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"Interpretações sobre fatos não são fatos. Se é agência de checagem tem que checar fatos, se é verdade ou se é mentira, e não querer ser intérprete. Isso não é papel dela, mas da sociedade”, finalizou. 

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