Google decide pagar por notícias, mas recebe críticas de editores europeus
“Ao lançar este produto, eles (Google) poderão ditar os termos e condições, contornar legislação desenvolvida para criar condições para uma negociação justa, enquanto afirmam que estão ajudando a financiar a produção do jornalismo”, disse a diretora-executiva do Conselho Europeu de Editores, Angela Mills Wade
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BRUXELAS (Reuters) - O Google planeja investir 1 bilhão de dólares em jornalismo nos próximos três anos, por meio de parcerias com veículos de imprensa que vão alimentar um novo produto lançado primeiro pela companhia no Brasil e na Alemanha nesta quinta-feira.
O presidente-executivo da Alphabet, controladora do Google, Sundar Pichai, afirmou que o novo produto chama-se Google News Showcase. No Brasil, o produto foi chamado de “Destaques”.
No Brasil, as parcerias acertas pelo Google envolvem veículos de imprensa como Folha de S.Paulo, Band, Estadão, UOL e Joven Pan. Na Alemanha, a empresa fez alianças com Der Spiegel, Stern e Die Zeit.
Cerca de 200 veículos de mídia na Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá e Reino Unido vão participar do novo produto.
“Este compromisso financeiro, nosso maior até agora, vai pagar veículos de mídia para criarem e promoverem curadoria para conteúdo de alta qualidade para um tipo diferente de experiência online de notícias”, disse Pichai em comunicado.
“Esta abordagem é diferente de nossos outros produtos de notícias porque depende das escolhas individuais dos editores sobre quais histórias serão mostradas aos leitores e como elas serão apresentadas”, disse Pichai.
O Conselho Europeu de Editores (EPC), cujos membros incluem News UK, the Guardian, Pearson, New York Times e Schibsted, criticou o projeto.
“Ao lançar este produto, eles (Google) poderão ditar os termos e condições, contornar legislação desenvolvida para criar condições para uma negociação justa, enquanto afirmam que estão ajudando a financiar a produção do jornalismo”, disse a diretora-executiva do EPC, Angela Mills Wade.
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