Globo tem de respeitar as mulheres, diz MPF

Ministrio Pblico Federal em So Paulo apura conduta da TV Globo no caso do suposto estupro; rgo exige esclarecimentos da emissora, que deixou milhes de telespectadores sem entender a "infrao" de Daniel, anunciada por Bial; procedimento aberto busca acabar com "estigmatizao" da mulher

Globo tem de respeitar as mulheres, diz MPF
Globo tem de respeitar as mulheres, diz MPF (Foto: Reprodução)


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Diego Iraheta _247 - Além do inquérito aberto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, a conduta da TV Globo está agora na mira do Ministério Público Federal em São Paulo. A cena de um possível abuso sexual viola os princípios constitucionais da Comunicação Social e ofende os direitos da mulher. Essa é a análise da Procuradoria Reginal dos Direitos do Cidadão em SP, que abriu nesta terça-feira, 17, procedimento cível - portanto não-criminal - exigindo esclarecimentos da emissora sobre o episódio.

O MPF-SP informa que o objetivo do procedimento aberto sobre o BBB 12 busca assegurar o respeito às mulheres. O órgão quer que "a Rede Globo, emissora de alcance nacional, não contribua para o processo de estigmatização da mulher, mas para a promoção do respeito à mulher e a desconstrução de ideias que estabelecem papéis estereotipados para o homem e a mulher". É um puxão de orelha à produção do Big Brother, que incentiva sexo entre os participantes - para todas as câmeras e telespectadores (pelo menos, os do pay-per-view) captarem.

A forma como a saída de Daniel do programa foi anunciada por Pedro Bial, na noite da segunda-feira, 16, também foi colocada em xeque pelo MPF-SP. "Grande parcela do público que não tem PPV e não viu as cenas ocorridas no último final de semana entre ele e a participante Monique, nem acompanha... as redes sociais, ficou sem saber em que contexto o 'comportamento inadequado' ocorreu", diz a nota.

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A TV Globo terá que responder ao Ministério Público Federal nos próximos dias para o início da apuração do caso. Leia abaixo notícia da Agência Estado publicada mais cedo sobre a investigação criminal do BBB 12:

247, com Agência Estado - Mesmo diante da negativa dos dois envolvidos de que houve relação sexual, a polícia do Rio abriu inquérito para apurar o suposto crime de "estupro de vulnerável" durante a 12.ª edição do programa Big Brother Brasil, da TV Globo. O modelo paulista Daniel Echaniz, de 31 anos, e a estudante gaúcha Monique Amin, de 23 anos, prestaram depoimento no estúdio do Projac, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.

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A polícia apreendeu as roupas íntimas e de cama usadas pelos dois no sábado - após uma festa, supostamente teria ocorrido o abuso sexual. A TV Globo cedeu a fita bruta "sem edição" daquele dia à polícia.

Mais cedo, o delegado Antônio Ricardo Nunes, do 32º Distrito Policial (Taquara), no Rio de Janeiro, revelou parte do depoimento de Monique. Segundo ela, não houve relação sexual entre Daniel e ela. Todas as carícias foram consensuais, conforme ela relatou ao delegado. Ela também decidiu não fazer o exame de corpo de delito. De toda forma, o laudo da perícia nas roupas íntimas será divulgado em um mês.

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