Globo diz, em editorial, que será difícil provar culpa de Bolsonaro no genocídio ianomâmi

Jornal diz que "será preciso provar a intenção de aniquilar os ianomâmis, condição essencial para tipificar o genocídio": "nada disso está claro"

Protestos consagram Bolsonaro como genocida
Protestos consagram Bolsonaro como genocida (Foto: Filipe Araújo)


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247 - Em editorial publicado nesta segunda-feira (13), o jornal O Globo afirma que será difícil provar que Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime de genocídio contra os indígenas ianomâmi.

"A acusação que desperta a maior controvérsia é a de genocídio, bordão entre opositores de Bolsonaro, ouvido também em declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se do crime mais hediondo, definido nos textos legais como atos cometidos 'com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso'. No caso dos ianomâmis, está satisfeita a característica mais importante do genocídio: o caráter coletivo do alvo, um grupo étnico indígena", reconhece o texto.

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O editorial também reconhece que "a tragédia" ianomâmi "foi provocada por omissão do governo", mas diz que as dificuldades para enquadrar Bolsonaro por geneocídio serão "imensas", já que "será preciso primeiro demonstrar com provas eloquentes a responsabilidade de cada elo na cadeia de comando. Em seguida, provar a intenção de aniquilar os ianomâmis, condição essencial para tipificar o genocídio. Nada disso está claro".

"Quando deputado, Bolsonaro lutou contra a demarcação das terras ianomâmis e sempre proferiu disparates contra os indígenas. Na presidência, esvaziou os órgãos de fiscalização e implantou políticas lenientes com o garimpo ilegal, origem da tragédia humanitária. Será difícil para as autoridades comprovar que essa era a intenção dele ou de qualquer integrante de seu governo. Mas isso não significa que a hipótese não deva ser investigada", finaliza o jornal.

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