Globo aponta elo de Adriano da Nóbrega com clã Bolsonaro
Reportagem do Fantástico sobre o Escritório do Crime destaca homenagem feita na Alerj pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro ao miliciano, morto pela polícia no início do ano, e lembra que a mãe e a esposa de Adriano eram funcionárias do gabinete de Flávio
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247 - Em uma reportagem no Fantástico sobre a operação que prendeu líderes do Escritório do Crime, grupo de matadores de aluguel formado por policiais militares da ativa e ex-policiais, a Globo apontou a ligação de Adriano da Nóbrega, apontado como “fundador” da organização criminosa, com Flávio Bolsonaro.
“A organização pode ter mais de dez anos e foi criada por alguém que já foi próximo de gente muito importante: o capitão Adriano da Nóbrega, morto pela polícia no início do ano, quando estava escondido no interior da Bahia. Um fim dramático para quem foi homenageado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro à pedido do então deputado Flávio Bolsonaro. E a mãe e a mulher do capitão Adriano foram funcionárias de Flávio por muitos anos”, diz o texto do repórter Marcos Uchôa.
A reportagem também lembra que a mãe e a esposa de Adriano foram funcionárias no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando o hoje senador era deputado estadual. A correlação do Escritório do Crime com a morte da vereadora Marielle Franco também é apontada na matéria. O grupo teria atuado para tentar proteger Ronnie Lessa, um dos executores, mas não teria atuado ativamente no assassinato.
A Operação Tânatos foi deflagrada na última terça-feira (30) pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e prendeu os irmãos Leandro e Leonardo Gouvêa da Silva -- o Tonhão e o Mad, que teria assumido o comando do grupo após a morte de Adriano. A ação foi um desdobramento da investigação que apura o assassinato de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.
Na última sexta-feira 3, a Agência Pública revelou que o advogado Rodrigo Roca, que integrou a equipe de defesa de Flávio Bolsonaro no esquema das “rachadinhas” após o escândalo com Frederick Wassef, que escondia o ex-assessor Fabrício Queiroz, já defendeu o miliciano Orlando Curicica, que denunciou a atuação do Escritório do Crime no assassinato de Marielle.
No dia da operação, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) lembrou no Twitter quem foi o responsável pela homenagem a Adriano da Nóbrega na Alerj:
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