Glenn vê indícios fortes de crime de Bolsonaro em vídeo de reunião ministerial
"Tem indícios, sem provas. Tem indícios fortes e evidências fortes", ressaltou o jornalista Glenn Greenwald, responsável pela Vaza Jato
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247 - O jornalista Glenn Greenwald, responsável pela Vaza jato, disse ao UOL que o vídeo da reunião ministerial que veio à tona na última sexta-feira (22) mostra indícios fortes de cometimento de crime por parte de Jair Bolsonaro.
Greenwald comparou Bolsonaro ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Tem indícios, sem provas. É interessante porque o Bolsonaro gosta de copiar o Donald Trump. Tinha controvérsia bem parecido. Em 2017, Trump demitiu o diretor da FBI [equivalente à Polícia Federal dos EUA] quando tinha investigação da campanha presidencial do Trump. O presidente dos EUA tem o direito de demitir o diretor do FBI quando quiser? Tem sim, mas tem que ter um motivo válido. Se o motivo do Trump fosse para obstruir a justiça, isso é um crime. Para mim, é a mesma pergunta: o presidente Bolsonaro tem o direito de trocar do diretor da PF a hora que quiser? Se o motivo fosse para blindar seus filhos, aliados, isso é motivo corrupto, criminoso".
Glenn ressalta ainda que não há, no vídeo, provas de que Bolsonaro interferiu politicamente na Polícia Federal, e sim "indícios fortes". "Isso se tornou um crime. Dentro da reunião, ele não disse explicitamente que está fazendo isso para obstruir a Justiça, mas deixa mais ou menos claro que a preocupação dele era proteger seus filhos e amigos. Ele disse isso claramente. Para mim, tem provas de crime? Não, mas tem indícios fortes e evidências fortes".
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