Gisele derrota Iriny
Deciso unnime, do Conar, manda arquivar representao contra comercial da Hope, movida pela ministra Iriny Lopes, em que a top model ensina uma mulher a fazer pedidos a seu marido; vitria do sexismo ou do bom senso?
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Fernando Porfírio_247 - Deixem a Gisele em paz. Esse foi o teor da recomendação, unânime, do Conselho de Ética do Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária). Em reunião realizada nesta quinta-feira (13), em São Paulo, a entidade determinou o arquivamento do processo de suspensão do comercial da Hope, estrelado por Gisele Bündchen.
A peça publicitária “Hope ensina” foi alvo de críticas do governo federal por supostamente desrespeitar a condição feminina. Com a decisão, o polêmico comercial continua liberado para veiculação.
Os conselheiros entenderam que os estereótipos presentes na campanha publicitária são comuns à sociedade e facilmente identificados por ela, não desmerecendo a condição feminina.
A sessão de hoje do Conar teve a participação de representantes da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, chefiada pela ministra Iriny Lopes, que acionou o conselho para pedir a suspensão da propaganda, por considerá-la ofensiva à imagem da mulher.
O comercial traz a modelo Gisele Bündchen mostrando a "melhor maneira" de contar más notícias ao marido. Primeiro, Gisele aparece usando roupas normais para falar, por exemplo, que bateu o carro. A estratégia é classificada como "errada" e em seguida a forma "correta" é mostrada: a modelo repete a notícia, usando apenas lingerie. "Você é brasileira, use seu charme", conclui a peça publicitária, que está no ar desde o último dia 20.
A Secretaria da Presidência da República alegou que a propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grandes avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas.
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