Funcionários do Facebook fazem greve contra silêncio de Zuckerberg diante de Trump

Facebook, ao contrário do Twitter, silenciou depois de Trump ameaçar manifestantes nos EUA com tiros. Funcionários do grupo norte-americano criticam fortemente essa decisão - e até entraram em greve

Mark Zuckerberg
Mark Zuckerberg (Foto: REUTERS/Erin Scott)


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247 - Os funcionários do Facebook criticam publicamente a decisão do fundador Mark Zuckerberg, de silenciar diante da ameça de Trump de ordenar tiros contra manifestantes nos EUA. O Twitter, ao contrário da rede de Zuckerberg, protestou contra a posição do presidente dos EUA. 

"Sou um funcionário do Facebook que discorda da decisão de Mark de não fazer nada sobre as postagens recentes de Trump que claramente estão alimentando a violência", disse o designer de produtos Jason Stirman. 

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Segundo relatos da mídia dos EUA, alguns funcionários do Facebook também deixaram ode trabalhar na segunda-feira em protesto. Muitos criaram respostas automáticas por e-mail descrevendo sua ausência como um sinal de protesto, disse o New York Times.

Não se sabe quantos funcionários participaram da campanha. Uma porta-voz do Facebook disse ao jornal que os funcionários são incentivados a falar abertamente se discordarem da gerência da empresa.

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A controvérsia é sobre um tweet de Trump, que também foi replicado na página de Trump no Facebook. Nele, o presidente dos EUA reage aos primeiros distúrbios em Minneapolis após o assassinato do afro-americano George Floyd por um policial. 

Trump escreveu que o controle da situação seria restaurado, acrescentando: "Quando o saque começa, começa também o tiroteio". A frase é uma citação histórica. Com essas palavras, o então chefe da polícia de Miami anunciou uma ação dura contra a população negra em 1967.

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O Twitter alertou que o tuíte de Trump viola a proibição de glorificar a violência na plataforma. Zuckerberg, por outro lado, explicou que o post era compatível com as regras do Facebook, mesmo que ele pessoalmente não gostasse dessa retórica.  "Mas é minha responsabilidade não apenas reagir pessoalmente, mas como chefe de uma instituição comprometida com a liberdade de expressão", informa Welt

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