'Forças Armadas querem roubar o 7 de setembro como fizeram 50 anos atrás', diz Míriam Leitão

"Os militares aceitaram fazer tal ultraje ao povo brasileiro e enfeitar o comício de uma facção política que tenta acuar o resto do país", afirma

Miriam Leitão exposição da Marinha em Brasília
Miriam Leitão exposição da Marinha em Brasília (Foto: Reprodução | Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)


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247 - A jornalista Míriam Leitão avalia, em sua coluna no jornal O Globo, que a exemplo do que aconteceu no dia 7 de setembro de 1972 - “quando a  data foi roubada pelos militares, que a transformaram na apologia da ditadura que nos esmagava” - “agora, em plena democracia, as Forças Armadas participam novamente do roubo”. “Elas se prestam ao inaceitável papel de se acumpliciar com um presidente que usa a pátria e o poder armado como parte da sua propaganda eleitoral e da sua campanha antidemocrática”, justifica. 

"Por quem dobrarão os sinos amanhã? Por quem os canhões darão os 21 tiros, os aviões se exibirão no ar, e os navios se postarão nas águas da Guanabara? Não me pergunte, caríssima Independência, como foi que os chefes militares nesses 200 anos aceitaram fazer tal ultraje ao povo brasileiro e enfeitar o comício de uma facção política que tenta acuar o resto do país. Amanheço nesta véspera ainda esperançosa de que os militares recobrem o brio e não aceitem ser o espantalho da Nação”, destaca a jornalista no artigo intitulado "Carta para a Independência".

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“Datas como a de amanhã, o 7 de setembro, servem para pensarmos profundamente no sentido de tudo o que nos trouxe até aqui e fazermos um pacto com o futuro. Agora, como há 50 anos, apareceram governantes que se dizem donos do país. Isso devemos impedir que volte a acontecer. Os tiranos e tiranetes. Agora, como há 50 anos, as Forças Armadas abusam de seu mandato. Isso é necessário evitar que se repita”, escreve Míriam no texto.

"O governante do momento a sequestrou, e isso impede que milhões de brasileiros entrem na festa. Sei que não será sempre assim tortuosa a nossa história. Haverá o dia de uma celebração mais harmoniosa no futuro", finaliza.

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