Forças Armadas devem pensar nos custos advindos da conspiração, caso militares tentem um golpe, diz Luis Nassif

Segundo o jornalista, os militares conspiradores “enfrentarão não apenas a reação das instituições, mas as críticas dos colegas, pela desmoralização imposta às Forças Armadas"

Luis Nassif
Luis Nassif (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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247 - O jornalista Luis Nassif observa, em sua coluna no Jornal GGN, que os militares que integram o governo Jair Bolsonaro participam da “conspiração bolsonarista de colocar em dúvida as eleições”, mas ressalta que eles “enfrentarão não apenas a reação das instituições, mas as críticas dos colegas, pela desmoralização imposta às Forças Armadas”, caso tentem um golpe se saírem derrotados das eleições de outubro. 

Segundo Nassif, “o golpe suscitaria reação internacional imediata, a começar dos donos do dinheiro. Uma coisa é o que a mídia trata genericamente como “mercado” – operadores do dia-a-dia, com compreensão apenas sobre os movimentos da semana. Outra, são os donos do dinheiro, os gestores dos grandes fundos internacionais, as instituições multilaterais, a maioria das democracias ocidentais. Haverá reação, também, em setores das Forças Armadas, que não endossarão os golpistas, o que estimulará a resistência contra o golpe”.

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“Ao contrário do fim da ditadura de 1964, desta vez não haverá um pacto de impunidade, que livrou da Justiça até crimes contra a humanidade”, avalia Nassif . “Nem se espere represálias da parte do governo Lula – caso seja ele o eleito. Não será necessário. Bastará acabar com essa loucura do sigilo de cem anos para operações que escondem crimes. Caindo o sigilo, será derramada na praça uma sucessão imensa de suspeitas de crimes, das rachadinhas dos Bolsonaro aos crimes da Saúde, que ficarão à disposição de procuradores de primeira instância, de uma Procuradoria Geral da República independente, de um STF sem o comando de Luiz Fux, de um Tribunal de Contas da União ativo, de uma mídia francamente anti-Bolsonaro”, completa.

“É possível que o golpe seja bem-sucedido. E, para tal, será sangrento. É mais provável que falhe. E, aí, é importante que os militares conspiradores comecem a pensar nos custos da conspiração. Enfrentarão não apenas a reação das instituições, mas as críticas dos colegas, pela desmoralização imposta às Forças Armadas”, finaliza.

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