Fora do ar por três dias, Submarino submerge
Procon-SP determina que atividades do Submarino.com, Americanas.com e Shoptime sejam suspensas a partir de amanh; B2W, detentora das marcas, ter de pagar multa de R$ 1,7 milho; aes da empresa despencaram 63% ano passado
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247 - Definitivamente os bons tempos dos sites de comércio eletrônico Submarino, Americanas.com e Shoptime acabaram. Além de as ações ordinárias da B2W Companhia Global do Varejo, empresa detentora das marcas, terem despencado em 2011, com uma desvalorização de 63%, a relação com os consumidores vai de mal a pior.
O Procon-SP determinou, hoje, que as atividades comerciais dos três sites sejam suspensas por 72 horas, a partir de amanhã (15), em todo o Estado de São Paulo. Além disso, a B2W deverá pagar uma multa de R$ 1.744.320,00.
Na manhã de hoje, a hashtag "Submarino e Shoptime" ocupava a terceira posição nos Trending Topics - assuntos mais comentados no Twitter. Entre as manifestações dos internautas, havia muita gente comemorando, como @lucabastos, que escreveu: “Uau... B2W de castigo”; e @Cidyferreira, que tuitou “A casa caiu”. Já o internauta @pfmfranco parabenizava a entidade, escrevendo “Parabéns PROCON pelo Submarino e Shoptime”.
O episódio é consequência do descaso da B2W com seus consumidores. Entre as principais reclamações dos internautas estão a falta de entrega e defeito nos produtos comprados. Para ser ter uma ideia do tamanho da dor de cabeça que os sites deram aos clientes, em 2010, o Procon-SP registrou 2.224 atendimentos sobre problemas com os sites da B2W. Já ano passado, esse número aumentou em 180%, com o registro de 6.233 atendimentos.
O próprio diretor executivo do Procon, Paulo Arthur Góes, declarou que "isso é um descaso, desrespeito ao consumidor”. O diretor ainda frisou que fizeram “várias tentativas chamando a empresa para o diálogo no Procon, mas o problema não foi resolvido”.
No mercado financeiro, a B2W vem decepcionando os analistas há algum tempo. No terceiro trimestre do ano (entre julho e setembro), a empresa registrou um prejuízo de R$ 37,9 milhões.
Um relatório assinado pelo analista financeiro Francisco Chevez e divulgado pelo portal Exame em novembro último dizia claramente que “o valor da empresa está desaparecendo, pois o modelo de negócio está entrando em colapso”. Segundo o estudo, a decadência é fruto de uma estratégia mal-sucedida. A empresa lançou mão de descontos e condições liberais para atrair os clientes, isso porque não conseguiu resolver seus problemas logísticos.
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