Folha repercute furo do 247 sobre áudio de André Esteves e BTG decide se calar

Banqueiro não irá se pronunciar sobre o áudio em que ele fala como "dono" do Brasil e revela como exerce influência sobre a Câmara dos Deputados, o Banco Central e o Supremo Tribunal Federal

André Esteves
André Esteves (Foto: CLAYTON DE SOUZA)


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247 – O banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual e protagonista de um áudio que revela como ele exerce influência sobre o Banco Central, a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal, decidiu não se pronunciar sobre o caso. Esteves foi procurado pela Folha de S. Paulo, que repercutiu o furo de reportagem do 247, em matéria publicada nesta segunda-feira.

"Em áudio vazado de um evento fechado do BTG Pactual com clientes, André Esteves, dono do banco, relata receber ligações de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, para discutir e opinar sobre a política econômica do país.

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Ele também compara o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, com o golpe militar de 1964", aponta a reportagem de Daniela Arcanjo e Paula Soprano. As jornalistas apuraram que a fala ocorreu durante encerramento do evento "Future Leaders" da companhia, na quinta-feira (21), e reuniu cerca de 30 pessoas.

Na reportagem da Folha, as jornalistas destacam a fala de Esteves sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Lula é meio macunaíma. Meio vilão meio herói. O problema é o que vem junto, aquela turma do PT que já é mais complicado", afirma. Elas também mencionam a relação de Esteves com Campos Neto.  "Eu me lembro que os juros estavam amanhecendo a uns 3,5% e o Roberto me ligou para perguntar: 'pô, o que você está achando, onde você acha que está o lower bound [limite inferior]?' Eu falei, 'olha, Roberto, eu não sei onde é que está, mas eu estou vendo pelo retrovisor, porque a gente já passou por ele.' Em algum momento a gente se achou inglês demais e levou esse juros a 2%", disse.

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Esteves também comparou o golpe de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, com o golpe militar de 1964. "Quando a Dilma endoideceu, alguém foi lá e: 'peraí, vamos dar uma parada nisso'. Todo o golpe de 64, quando as pessoas me perguntavam com o Bolsonaro falando aquele excesso de besteira, [sobre] golpe, [eu dizia] é muito diferente. Se você for fazer uma analogia sobre 64 com hoje, a coisa mais parecida... 64 foi meio o impeachment da Dilma", disse ele. "Acho que no dia 31 de março não teve nenhum tiro, ninguém foi preso, as crianças foram para escola, o mercado funcionou. Com simbolismos, linguagens, personagens da época, mas a melhor analogia é o impeachment da Dilma."

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