Folha prevê perda de controle de Dilma sobre política

Jornal de Otavio Frias diz que, 'não bastassem os sinais de deterioração da economia brasileira, se prevalecer o espírito de vingança dos congressistas, o governo pode sair derrotado em votações de projetos importantes e potencialmente custosos'

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247 – A Folha de S. Paulo já sela novas derrotas do governo Dilma Rousseff na aprovação de projetos importantes e custosos como a distribuição de royalties do petróleo; o que aumenta a alíquota dos royalties da mineração; e o que cria o passe livre para estudantes no transporte público de todo o país. Leia o editorial:

Agosto de risco

Não bastassem os sinais de deterioração da economia brasileira, presidente vê-se ameaçada de perder o controle sobre a política
A presidente Dilma Rousseff sabe que não são poucos nem pequenos os perigos que seu governo correrá neste mês de agosto.

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Oficialmente de volta aos trabalhos hoje, deputados e senadores devem encaminhar, a partir da próxima semana, a votação de diversos projetos que contrariam os interesses do Planalto.

Entra nessa lista, por exemplo, a promessa, feita pela bancada do PMDB, de apresentar proposta de emenda constitucional a fim de reduzir de 39 para 20 o total de ministérios do governo Dilma.

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Premida pelos próprios aliados, a presidente decidiu liberar R$ 2 bilhões em emendas feitas pelos congressistas ao Orçamento da União --e outros R$ 4 bilhões devem ser autorizados em setembro.

Salvo nos recorrentes episódios de corrupção, o dinheiro dessas emendas costuma ser aplicado pelos parlamentares no atendimento de demandas paroquiais. Verbas, portanto, cruciais para a sobrevivência eleitoral de quem já dispõe de uma cadeira no Congresso.

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Não seria difícil perceber nas entrelinhas dessa negociação o conhecido "toma lá, dá cá" que predomina nas relações entre Executivos e Legislativos. Dilma, porém, talvez por sua falta de disposição para o trato político, achou que seria o caso de explicitar todas as cláusulas desse contrato.

Em reunião à qual compareceram ministros do PT, do PMDB, do PP, do PC do B e do PSB, a presidente avisou que eles deverão garantir a fidelidade das bancadas de seus respectivos partidos no Congresso --o que nem sempre tem ocorrido, embora essas siglas componham o primeiro escalão federal.

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Há dúvidas, no entanto, de que a operação possa alcançar os fins esperados. O Congresso já vinha se mostrando arisco mesmo quando Dilma se refestelava em níveis recordes de popularidade. Depois que os protestos de junho fizeram desabar a aprovação presidencial, seria imprudente apostar na lealdade dos aliados.

Se prevalecer o espírito de vingança dos congressistas, o governo pode sair derrotado em votações de projetos importantes e potencialmente custosos, como o que define o destino dos recursos arrecadados com a exploração do petróleo; o que aumenta a alíquota dos royalties da mineração; e o que cria o passe livre para estudantes no transporte público de todo o país.

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Já não são poucos os sinais de deterioração da economia brasileira na gestão de Dilma Rousseff. A presidente, agora, vê-se ameaçada de perder também o controle da política nacional.

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