Executivo pede demissão do Facebook após rede não retirar vídeo de Bolsonaro considerado "desumano"

No vídeo que motivou a saída do engenheiro David Thiel, publicado em janeiro de 2020, Bolsonaro diz que “cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós“

Eduardo, Jair e Flávio Bolsonaro
Eduardo, Jair e Flávio Bolsonaro (Foto: Reuters | Reprodução)


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247 - Em entrevista à revista norte-americana New Yorker, o engenheiro David Thiel, especialista em cibersegurança, contou que decidiu pedir demissão do Facebook após a empresa ter se negado a excluir um vídeo publicado por Jair Bolsonaro na rede social que foi considerado "desumano".

No vídeo, gravado em janeiro de 2020, Bolsonaro diz que “cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós“.

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Thiel relatou que ficou inconformado com a decisão do Facebook de não excluir o vídeo, o que contrariava a política da própria rede social, que proíbe discurso desumanizador.

O engenheiro chegou a fazer uma apresentação à equipe de política de conteúdo do Facebook acerca do que havia dito Bolsonaro. Segundo Thiel, eles ignoraram seus argumentos.

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“Enquanto Thiel fazia sua apresentação, ele lembrou, vários membros da equipe de política ‘interromperam muito, recusando meu raciocínio ou questionando minha credibilidade'”, diz a revista. “Em algum momento, alguém no Facebook poderia ter dito: ‘continuaremos abrindo exceções sempre que os políticos violarem nossas regras’. Mas eles nunca quiseram admitir isso”, completou Thiel.

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