Ex-BBB processa Globo por acusação de estupro
Daniel Echaniz afirma que sua carreira como modelo desmoronou depois da acusação de "comportamento inadequado" no programa de Pedro Bial
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247 – E agora, Bial? O ex-BBB Daniel Echaniz, sumariamente excluído da 12ª edição do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, está processando a emissora por danos morais e prejuízos provocados sobre seu trabalho como modelo. Pesou contra ele, para a expulsão, a acusação de ter estuprado a participante Monique Amin, atualmente capa da revista Sexy, em fotos nas quais aparece nua. A argumentação global oficial foi a de que Daniel teve "comportamento inadequado" dentro da casa em que se desenrolou o BBB 12. O expulso desde o primeiro momento não aceitou a acusação e, agora, fala-se que a indenização que pede da Globo gira entre cifras que vão de R$ 1,5 milhão a R$ 5 milhões.
Ao portal R7, Daniel deu a entrevista abaixo, na qual expôs seus motivos. Acompanhe:
R7 - O participante do Big Brother Brasil 12 (Globo) teve sua vida transformada para pior após ver seu nome envolvido em um caso de suposto estupro dentro do reality show. Na época, até a polícia entrou no estúdio do programa para ouvir o que ele tinha a dizer e também Monique, sua parceira na cena de sexo que repercutiu por todo o País. A investigação e a Justiça concluíram que não houve crime.
Com a imagem manchada por um delito que não cometeu, Daniel quer indenização da Globo/Endemol e de pessoas da produção do programa por danos materiais, danos morais e quebra de contrato. Já que ele foi expulso do reality sem direito de defesa.
A advogada de Daniel, Elizeth Alvim de Souza Mello, garante que tentou um acordo com a Globo e que pretende processar todos que pré-julgaram o ex-BBB, inclusive quem o fez em redes sociais.
— A emissora ofereceu uma ajuda de custo de valor irrisório, que não aceitamos. Infelizmente, não chegamos a um acordo.
Atualmente, Daniel mora em São Paulo com um amigo e se prepara para se tornar pai. A namorada Mônica Silva está grávida de três meses e meio de um menino. O modelo deu uma entrevista exclusiva ao R7 nesta segunda-feira (11). Leia a conversa:
R7 - Você achou injusta a decisão do programa e da Globo em lhe expulsar do BBB?
Daniel Echaniz - A primeira atitude que eles deviam ter tomado era conversar comigo, ainda que informalmente, coisa que nunca aconteceu. O Boninho [diretor do programa] nunca falou comigo. Acho que eles poderiam ter tomado milhões de decisões diferentes, simplesmente me tiraram de lá sem falar comigo e com a Monique.
R7 – Você acha que a Monique também deveria ter saído do BBB?
Daniel – Se nós tínhamos que sair para prestar esclarecimento, por que ela voltou e eu não? Eu e a Monique demos depoimentos como testemunhas, eu não era o réu. O que houve foi um julgamento antecipado da Globo. Eles acharam mais fácil eliminar o problema do que conversar comigo.
R7 – Em algum momento teve dúvida sobre a sua inocência?
Daniel – Jamais. Fiquei com a Monique, sim, mas não fiz nada além do que outros participantes do BBB já fizeram em outras edições. Cenas até bem mais explícitas que a minha. Eles falam que foi um fato novo. Que fato novo? Qual foi a minha conduta inadequada? Eu fui julgado e inocentado por um juiz, que estudou todas as provas, ouviu todos os áudios.
R7 – Por que não foi ao Domingão do Faustão após o convite do apresentador?
Daniel – Não fui porque a direção da Globo não deixou. O Faustão me convidou, pois é o dono do programa, mas a direção não permitiu, pois sabem que ele é um homem que fala o que pensa e ia perguntar tudo aquilo que o povo gostaria de saber.
R7 – Você conversou com a Monique já?
Daniel – Eu tive um contato muito rápido com ela na final do BBB, mas nunca sentamos para conversar. Achei estranho não ter interesse dela em vir me procurar.
R7 – Você está trabalhando?
Daniel – Não.
R7 – Sua carreira foi prejudicada?
Daniel – Com certeza. Sou modelo há 11 anos, já viajei o mundo inteiro, fui contratado por clientes de bom nível, eu vivia bem da minha profissão. Os convites diminuíram bastante, os próprios produtores, amigos meus, falam que é difícil vender algo com toda essa mancha que ficou no meu nome. A imagem do modelo tem que ser imaculada.
R7 – E o que acha que vai acontecer daqui para frente?
Daniel – Sinceramente, não sei. Sempre trabalhei, batalhei, nada caiu do céu. Já fui garçom, vendedor, entregador de farmácia. Se não for com moda, vai ser outra coisa, até por que tenho mais duas bocas para alimentar agora. Meu filho também vai sofrer com tudo isso. A gente sabe como criança é inocente, fala demais. Ele vai ouvir na escola que o pai é estuprador? Acredito muito na Justiça e espero que ela seja feita.
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