Estadão destaca corrupção de Jair Bolsonaro e recomenda "chá de camomila" ao "presidente nervoso"
Governo já foi flagrado no escândalo da Covaxin, em que pagou 15 dólares por uma vacina que custaria um dólar e 34 centavos a dose
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247 – O jornal Estado de S. Paulo, que contribuiu para a ascensão do fascismo no Brasil, hoje publica um editorial sobre o "presidente nervoso", que agride jornalistas, como ocorreu nesta semana em Guaratinguetá (SP). O motivo, segundo o jornal, pode ser a descoberta da corrupção bolsonarista.
"É bom que o presidente vá tomando chá de camomila, porque as perguntas incômodas apenas começaram. Bolsonaro terá que explicar, por exemplo, por que seu governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% superior ao que o fabricante anunciava seis meses antes, conforme revelou o Estado", diz o texto.
"Segundo a reportagem, o laboratório indiano Bharat Biotech ofereceu seu imunizante por US$ 1,34 a dose, conforme telegrama secreto da Embaixada do Brasil em Nova Délhi. Em dezembro, outro telegrama dizia que a vacina custaria 'menos do que uma garrafa de água'. Ao fazer a aquisição do imunizante, por ordem de Bolsonaro, o Ministério da Saúde aceitou pagar US$ 15 por unidade", prossegue o editorialista.
"Ao contrário do que foi feito na negociação de outros imunizantes, a importação da Covaxin teve uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos, acusada de fraude com testes de covid e que tem como sócia uma empresa que é alvo de processo por não entregar remédios comprados pelo Ministério da Saúde. Por óbvio, a CPI da Pandemia quer saber por que, no caso da Covaxin, o governo recorreu a um intermediário – e um tão cheio de pendências judiciais", avança o texto.
"É um escândalo, que se junta com destaque à extensa lista de delinquências do governo na gestão da pandemia e em outras searas. Bolsonaro pode continuar tentando intimidar jornalistas que se atrevem a lhe fazer perguntas, mas em algum momento, de um jeito ou de outro, terá que responder, mais do que às questões que lhe fazem, por seus atos", finaliza o editorialista.
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