Estadão cobra, em editorial, que militares contenham golpismo de Bolsonaro
Cabe aos militares desarmar os espíritos no Palácio do Planalto, a começar pelo próprio presidente, pois é ele que contribui decisivamente para ampliar o clima de ruptura, diz o texto
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247 – O jornal Estado de S. Paulo aponta, em editorial, que Jair Bolsonaro e grupos fascistas ao seu redor pretendem dar um golpe de estado e cobra reação de militares da ativa e da reserva ao projeto ditatorial. "Ao que parece, contudo, a escalada retórica do chefe do Executivo, de sua família e dos camisas pardas bolsonaristas começa a encontrar resistência mais firme entre militares da ativa e da reserva, inclusive os que integram o governo. 'Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que é que é isso? Estamos no século 19?', reagiu o vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista ao site G1. Para o general da reserva, essa ruptura prenunciada por Eduardo Bolsonaro está 'fora de cogitação'. Embora tenha dito que não falava pelas Forças Armadas, Mourão afirmou conhecer o ânimo militar e declarou: 'Não vejo motivo algum para um golpe'”, aponta o editorial.
"Cabe então aos militares desarmar os espíritos no Palácio do Planalto, a começar pelo próprio presidente, pois é ele que contribui decisivamente para ampliar o clima de ruptura - muito conveniente para seu projeto autoritário de poder. Nesse projeto - que tem no chavismo seu estado da arte -, as instituições e órgãos de Estado convertem-se em forças auxiliares do presidente, seja para perseguir inimigos, seja para dar completa liberdade de ação ao governo", aponta o editorialista. "A questão é que Bolsonaro não tem dúvida nenhuma. Só certezas - como a de que todos devem se curvar a suas vontades. Para Bolsonaro, 'algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia'. Sim, está - mas a democracia está reagindo."
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