“Era impossível não noticiar aquilo”, diz Mario Vitor Santos sobre cobertura da Globo no julgamento do STF e no discurso de Lula
“O Jornal Nacional estava muito mal nessa situação. Ele precisava voltar ao noticiário”, avaliou o jornalista em entrevista à TV 247. Assista
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247 - O jornalista Mario Vitor Santos, em entrevista à TV 247, avaliou a cobertura da TV Globo, em especial do Jornal Nacional, sobre o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro no Supremo Tribunal Federal (STF) e o histórico discurso do ex-presidente Lula que ocorreram na última semana.
Para Vitor Santos, a emissora foi vencida pelos fatos e forçada a noticiar uma parcial vitória do ex-presidente no Supremo, personagem que havia sido silenciado pela Globo nos últimos anos. O jornalista ainda destacou que o principal telejornal da Globo foi obrigado ainda a exibir as críticas dos ministros do STF Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski à mídia em cadeia nacional. “O Jornal Nacional estava muito mal nessa situação. Ele precisava voltar ao noticiário. Para os telespectadores do maior telejornal do país não existia a Operação Spoofing, não existiam essas notícias, os vazamentos do hacker de Araraquara. Ele [Jornal Nacional] simplesmente omitiu, como omitiu a razão do discurso das Diretas. Então a Globo estava muito mal, vinha sendo criticada. Na véspera recebera uma espécie de bronca implícita em público do ministro Gilmar Mendes em seu voto, dizendo que a imprensa participava diretamente da mecânica de falsidades da Operação Lava Jato”.
“O Jornal Nacional, diante disso, teve que noticiar as críticas, e depois responder. Ali Kamel e a trupe, talvez o João Roberto Marinho, tiveram que decidir como iam cobrir aquele fenômeno já transmitido ao vivo por todos os canais, por todos os sites, por todos os portais. Era impossível não noticiar aquilo e não noticiar inclusive as próprias críticas à TV Globo. Aquilo já foi uma espécie de primeiro golpe que deixou a TV Globo atordoada”, completou.
Para finalizar, a emissora precisou ainda noticiar as duras críticas, desta vez sem rodeios, do ex-presidente Lula, que parou o país ao conceder uma entrevista coletiva. “No dia seguinte a bola estava com Luiz Inácio Lula da Silva, e aí as críticas eram explícitas ao Jornal Nacional, explícitas aos veículos de comunicação”.
O jornalista, no entanto, advertiu que o Jornal Nacional e a Globo voltarão a ser o que eram antes: uma mídia que silenciou a principal liderança popular brasileira e tentou deslegitimar o PT.
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