Equador fecha 90 concessionárias de rádio e TV

Presidente Rafael Correa alega não cumprimento administrativo ou técnico, mas jornalistas e políticos da oposição denunciam perseguição e censura do governo

Equador fecha 90 concessionárias de rádio e TV
Equador fecha 90 concessionárias de rádio e TV (Foto: Sergio Moraes/REUTERS)


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247 – A cena se repetiu pelos quatro cantos do Equador. Um promotor, um delegado e um oficial da Superintendência de Telecomunicações, acompanhados por policiais, fecharam as portas de rádios e emissoras de TV e confiscam equipamentos. E, como disse com preocupação ao El País o presidente da Associação Equatoriana de Radiodifusão (AER), Roberto Manciati, mais intervenções do tipo devem acontecer a curto prazo.

Entre as mídias fechadas, consta a Rádio Cosmopolitan, de Quito, com 59 anos no ar, assim como a estação pública Telesangay e o canal da prefeitura de Morona Santiago, liderado pelo líder indígena Marcelino Chumpi. A Rádio Morena, dirigida por Luis Almeida, deputado da Sociedade Patriótica da oposição, foi fechada na sexta-feira em uma operação em que a polícia usou spray de pimenta contra os funcionários.

O presidente Rafael Correa alegou nesta terça-feira que os fechamentos respondem a violações de ordem legal e técnica por algumas concessionárias de rádio e televisão. O chefe de Estado afirma que foram renovados até o momento 200 frequências, mas outras 90 tiveram que ser canceladas por não cumprimento legal, administrativo ou técnica.

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Chumpi diz, no entanto, que por trás da ação há razões políticas. O governo o teria chamado de opositor por suas posições contrárias a questões como a política de mineração. Luis Almeida, por sua vez, anunciou que vai apelar à Comissão de Direitos Humanos por "perseguição do governo".

Em declarações ao canal RTS, que está fora da lista dos meios de comunicação privados em que o Governo não concede entrevistas, o presidente Correa também argumentou que os fechamentos foram elaboradas pela Superintendência de Telecomunicações, "que é autônoma do governo". No entanto, o deputado Almeida enfatizou que quem administra os contratos de concessão é o Conselho Nacional de Telecomunicações, presidido pelo ministro das Telecomunicações.

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