Enquanto gabinete do ódio age a todo vapor, polícia já investiga 250 perfis nas redes que atacaram Michelle

Polícia Civil de SP atua para saber quais perfis nas redes sociais fizeram postagens agressivas contra a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que foi à delegacia dizer que estava extremamente abalada. No entanto, gabinete do ódio bolsonarista segue impune disparando fake news e perseguindo pessoas nas redes

Michelle Bolsonaro
Michelle Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa - PR)


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247 - A Polícia Civil de São Paulo já atua na investigação de 250 perfis nas redes sociais que fizeram postagens agressivas e que disseram que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, tinha um relacionamento extraconjugal com o ex-ministro Osmar Terra. 

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, em depoimento na delegacia, Michelle disse que “a falaciosa notícia ganhou espaço na internet, ocasionando um sem número de ofensas e piadas infames em redes sociais, colocando em xeque sua fidelidade, integridade, correção e decoro”. 

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A reportagem também indica que os donos desses perfis serão processados, caso não queiram apagar as postagens. Algumas delas a chamavam de “puta” e “vagabunda”. 

A queixa de Michelle foi feita há uma semana e a polícia já atua nas investigações. No entanto, os órgãos públicos não agem com a mesma pressa para desmembrar a rede do gabinete do ódio bolsonarista, que segue, impune, perseguindo pessoas e disparando fake news nas redes. 

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Diversas lideranças da esquerda já foram vítimas do gabinete do ódio. Atualmente, parlamentares, especialmente mulheres, estão na mira constante desses ataques, chegando a receber até ameaças de mortes, como foi o caso de Talíria Petrone, que recorreu à ONU.

No passo recente, Dilma Rousseff foi alvo de uma campanha de achincalhamento nas redes durante o processo de impeachment. A candidata a prefeita de Porto Alegre pelo PCdoB, Manuela D'ávila, foi chamada de “drogada” durante a campanha eleitoral de 2018, quando era vice de Fernando Haddad na chapa para disputar a presidência, que também foi atacado como pedófilo nas redes.

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A impunidade é tamanha que até hoje é possível encontrar as imagens de Manuela nas redes, usando a camisa manipulada com os escritos: “Jesus travesti”. 

Para além de figuras públicas, diversos internautas reclamam da onda persecutória do gabinete do ódio, que age em grupo, muitas vezes com disparos em massa de robôs, guiados por algoritmos. 

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Basta apenas uma postagem contrária a Bolsonaro que os robôs farejam os algoritmos e invadem o perfil do internauta, promovendo ofensas e disparando várias mensagens em defesa do governo. 

Internautas também acusam a rede de aturar livremente no Twitter, operando com seus robôs para subir hashtags falsas em defesa do governo, influenciando dessa forma a opinião pública. 

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Nesta terça-feira (29) a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu mais uma passo para o gabinete do ódio seguir agindo impune e arquivou uma apuração preliminar relacionada a Bolsonaro e aos filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro, por empregarem funcionários suspeitos de disseminar ofensas e fake news contra adversários nas redes sociais.

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