Em relatório, ONG aponta aumento de ataques contra a imprensa e cita "censura indireta" do governo Bolsonaro
Relatório da ONG Repórteres sem Fronteiras" aponta que Jair Bolsonaro e aliados promoveram 105 ataques contra jornalistas e veículos de imprensa. Organização destaca, ainda, que "o governo também opera uma série de outros mecanismos de censura indireta"
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247 - Os ataques feitos por Jair Bolsonaro contra jornalistas e veículos de imprensa cresceram ao longo do terceiro trimestre deste ano em comparação com o período anterior. Segundo um relatório elaborado pela organização não governamental "Repórteres sem Fronteiras", divulgado nesta terça-feira (20), foram 105 ataques diretos a veículos e meios de comunicação, além de dez contra jornalistas mulheres e outros 12 contra homens.
"O direito à liberdade de expressão, garantido pela Constituição Federal do Brasil, está em perigo desde a posse do presidente Bolsonaro, em janeiro de 2019", alerta a ONG em seu site. “Para além das agressões a jornalistas e meios de comunicação, o governo também opera uma série de outros mecanismos de censura indireta, que impõe sérios obstáculos ao livre exercício do jornalismo”, ressalta a organização em outro trecho do texto.
Entre os mecanismos de censura indiretos citados pela Repórteres sem Fronteiras está o crescimento de "processos judiciais abusivos contra jornalistas e meios de comunicação brasileiros, em sua maioria movidos por representantes do Estado ou pessoas próximas à presidência".
Conforme o documento, Bolsonaro promoveu 27 ataques diretos contra a mídia. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), porém, lidera o ranking com quase um ataque por dia. Ao longo do terceiro trimestre, o relatório destaca que o parlamentar promoveu 79 ações do gênero, contra 63 no período anterior. Logo em seguida aparecem o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), com 21 ataques, e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), com 19.
Além deles, a ONG também ressalta que ministros do governo Bolsonaro também atacaram a imprensa. Nesta linha, a lista é encabeçada pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, com 12 investidas ao longo do terceiro semestre.
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